Plano prevê fim da erosão no Novo Século e comportas no Lago do Parque das Nações

A contenção da erosão do Córrego Gameleira, na região das Moreninhas, e a implantação de barragens de contenção no Parque das Nações Indígenas, são as próximas obras da Prefeitura de Campo Grande para melhorar a drenagem urbana. A resolução do problema das frequentes inundações nas bacias dos córregos Segredo (rotatória da Ernesto Geisel com Euler de Azevedo) e Imbirussu (Avenida José Barbosa Rodrigues) ficarão para os próximos anos.

Obras em andamento, como por exemplo, a de contenção de parte da erosão da Avenida Ernesto Geisel também estão no plano. Atualmente, são investidos R$ 48,4 milhões no local, em três frentes, para refazer a margem do Rio Anhanduí, reconstruir o sistema de drenagem do local, acabar com a erosão, e ainda requalificar a via pública que margeia o curso d’água.

Outra obra concluída no ano passado, a instalação de uma piscina subterrânea de contenção da enxurrada em frente ao Shopping Campo Grande, também foi citada no plano. O investimento no local foi de R$ 1,2 milhão, e foi bancado pelas incorporadoras responsáveis por obras no terreno do shopping, na forma compensação do impacto de vizinhança provocado pela construção de duas torres comerciais.

Quanto aos córregos Segredo e Imbirussu, que alagam com frequência a cada temporal, estão previstos somente estudos para implantação de barragens. Estas estruturas, diga-se de passagem, estão previstas no plano de drenagem da década passada.

Novo Século
Sobre as obras previstas para o ano que vem, o secretário municipal de Infraestrutura, Rudi Fioresi, explicou que aguarda a liberação de recursos da Caixa Econômica Federal. Na contenção da erosão do Córrego Gameleira, conhecido como “Buracão” no Parque Novo Século, região das Moreninhas, a previsão é de investir R$ 2,5 milhões na barragem até 2020.

O buraco causado pelo fenômeno da erosão naquele bairro aumentou bastante nos últimos cinco anos. A população do bairro sempre alertou pelo risco da expansão da voçoroca e a ameaça que ela causava. A barragem também deve ajudar resolver algumas inundações pontuais na Avenida Gury Marques.

Parque das Nações Indígenas
O novo Plano Diretor de Drenagem Urbana de Campo Grande também dedica ações específicas para o Córrego Prosa e em seus dois afluentes: os córregos Joaquim Português e Revellión. Os trabalhos serão realizados dentro de duas áreas administradas pelo governo do Estado: o Parque das Nações Indígenas e o Parque Estadual das Nascentes do Prosa.

Entre uma das medidas previstas resolver de uma forma definitiva o problema do assoreamento do lago do Parque das Nações está prevista a construção de uma comporta na represa que dá origem ao espelho d’água. “Ainda não definimos quem custeará esta obra, nem o valor, mas ela é necessária e está no plano”, afirma Fioresi.

No mês de abril, o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD) e o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB) anunciaram uma parceria para solucionar os problemas de drenagem nos dois parques, com previsão de conclusão de parte das obras em agosto, mês do aniversário de Campo Grande. A construção desta comporta está prevista desde 2015.

Para o córrego Joaquim Português, serão realizados, neste ano, estudo de controle de impacto. Em outro afluente do Córrego Prosa, o Córrego Revellión, está prevista para 2020 a conclusão de uma bacia de detenção. A expectativa é que a estrutura impeça que sedimentos das chuvas que caem em bairros como Carandá Bosque e Jardim Veraneio cheguem ao Córrego Prosa, e contribuam para o assoreamento do lago do Parque das Nações. Lago do Rádio Clube

Outra obra prevista no Plano Diretor de Drenagem Urbana que a Prefeitura de Campo Grande planeja começar em 2019 é o desassoreamento do Córrego do Rádio Clube. Desde a implantação da Avenida Interlagos, via marginal do Córrego Bandeira, ocorrida na década passada, que o espelho d’água do que já foi um lago, virou um imenso banhado, com muita areia.

Sóter
Para as barragens já existentes no Córrego Sóter, a prefeitura de Campo Grande também deve realizar modificações. Estão previstas a implantação de “stop logs”, que são amortecedores de enxurrada, localizados no topo das barragens. A ideia é reduzir a violência da água que desce a jusante do Sóter e do Prosa, do qual o Sóter é tributário.

› FONTE: https://www.correiodoestado.com.br/cidades/plano-preve-barragem-em-megaerosao-e-comportas-no-parque-das-nacoes/352330/

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