Trade turístico de Corumbá incentiva pesca esportiva com cota zero

Mais de setenta por cento dos empresários que atuam com pesca esportiva em Corumbá, um dos principais destinos onde se pratica esse esporte, aderiram a uma campanha a ser lançada pela ACERT – Associação Corumbaense de Empresas Regionais de Turismo – pela prática da pesca esportiva no Pantanal sem captura das espécies nativas.

O presidente da entidade, empresário Luiz Martins, afirmou que o decreto assinado pelo governador Reinaldo Azambuja definindo novas regras para a pesca amadora e profissional é uma medida ainda mais restritiva em favor da manutenção do estoque pesqueiro. Contudo, ele defende a cota zero e a não comercialização de algumas espécies.

“Sabemos que a cota zero é uma medida radical, fere vários interesses, mas é uma tendência que teremos que acompanhar futuramente se quisermos preservar nossos rios”, disse Martins. “Nosso objetivo é a cota zero e vamos incentivar nossos clientes a praticar o pesque-solte, sabendo que a maioria das pessoas que vem pescar no Pantanal já não leva mais o peixe.”

Pesca esportiva no Rio Paraguai: destino único com as belezas do Pantanal (Foto: Saul Schramm)

Pesca diferenciada

Para o presidente da ACERT, a redução da cota de cinco quilos de pescado para apenas um exemplar, mais cinco piranhas, foi um avanço e vai preparar o mercado para a proibição definitiva da captura e transporte para o pescador esportivo. “O novo decreto atende nossos objetivos e o próximo passo é a cota zero, o mercado terá que se adequar”, pontuou.

Luis Martins, presidente da ACERT: pela cota zero

Com a campanha pela cota zero, segundo Luiz Martins, o trade turístico de Corumbá quer fomentar uma pesca diferenciada no Pantanal, unindo a prática da modalidade com contemplação da natureza e a defesa dos recursos aquáticos. “São mais de 500 km de pesca no Rio Paraguai, temos que potencializar o destino com ênfase na sua preservação”, destacou.

As restrições à pesca esportiva neste ano, na avaliação da ACERT, não implicarão em redução de turistas ao Pantanal. Os operadores de Corumbá ainda não perceberam algum impacto e as reservas se mantém, mesmo quando estava valendo o decreto da cota zero. “Pode haver uma queda, mas estamos apostando no futuro, vamos ser compensados lá na frente”, disse Martins.

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