Coronavírus e alta do dólar fazem Turismo de MS voltar os olhos para a vizinhança

A alta do dólar e a preocupação com o novo coronavírus favorecem o turismo doméstico e a Fundtur-MS (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul) já planeja intensificar as campanhas para o mercado interno e também para os países vizinhos.

A IATA (Associação Internacional do Transporte Aéreo) estima que a epidemia do Covid-19 pode causar perdas de US$ 27,8 bilhões para as companhias aéreas em todo o mundo.

E a maior feira mundial de turismo, que estava prevista para acontecer na próxima quarta-feira (4.3), foi cancelada devido à proliferação do novo vírus. Representantes de cerca de 10 mil empresas de mais de 180 países participariam da Feira Internacional de Berlim.

“A tendência é de que quem ainda não comprou a passagem repense o destino. A alta do dólar contribui com o turismo dentro do Brasil e o coronavírus é desfavorável para quem planejava ir para a Europa”, avalia o presidente da Fundtur-MS, Bruno Wendling.

Dos visitantes que vêm a Mato Grosso do Sul, mais de 80% são brasileiros. Apesar do turismo de negócios ainda representar a maior fatia do mercado para Mato Grosso do Sul, é no ecoturismo, de contemplação e aventura, que está o grande potencial do Estado.

Bonito é um dos principais destinos de ecoturismo no mundo

Com passeios incríveis no Pantanal e no complexo Bodoquena-Bonito, é possível fazer caminhadas e trilhas, safári fotográfico, passeios de barcos e a cavalo, mergulhos, flutuação, rapel e pesca esportiva, entre outros.

Região de Bodoquena-Bonito tem opções de aventura em meio a natureza

E é nesse mercado que a Fundtur aposta. Entre abril e maio, a fundação fará, pela primeira vez, uma campanha estimulando a quem mora ou nasceu em Mato Grosso do Sul a conhecer as belezas do Estado.

De acordo com o Boletim de Dados Turísticos mais recente, 40,7% dos turistas que desembarcam no Aeroporto Internacional de Campo Grande vêm do estado de São Paulo. Para o diretor-presidente da Fundtur-MS, a explicação está em fatores econômico e populacional.

São Paulo tem 45,5 milhões de habitantes, o que corresponde a 22% da população brasileira, e foi o que mais cresceu na economia no ano passado. Além disso, a proximidade com Mato Grosso do Sul favorece a chegada dos paulistas.

Estrangeiros

Mato Grosso do Sul também trabalha para continuar atraindo turistas de países de fora da Eurásia, em especial os das Américas do Sul e do Norte – que é de onde chegam a maior quantidade de estrangeiros, respectivamente, por via terrestre e aérea.

O Estado está na 9ª posição entre os que mais recebem visitantes por via terrestre. São mais de 91 mil por ano, de acordo com o Anuário Estatístico de Turismo 2019. A maioria deles, vizinhos, da Bolívia e do Paraguai. Mato Grosso do Sul tem 1.517 quilômetros de fronteira com os dois países.

“A tendência nossa é potencializar as campanhas na América do Sul e do Norte e também no mercado brasileiro, sempre exaltando a natureza, que é o nosso carro-chefe, incentivando o ecoturismo. Estamos de braços abertos para receber esse turismo que alia aventura com preservação ambiental”, resumiu Bruno Wendling.

Cristo Rei do Pantanal fica em Corumbá, local de natureza exuberante (foto: Edemir Rodrigues)

Fotos: @visitmsoficial / Edemir Rodrigues

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