Campo Grande pode ter Lei Seca e novas restrições a partir desta sexta-feira

Campo Grande (MS) – O prefeito Marquinhos Trad estuda “lei seca” durante o fim de semana para reduzir a lotação em hospitais. Segundo ele, bebida alcoólica associada ao trânsito e também à violência doméstica sobrecarregou o sistema de saúde de Campo Grande, que está crise com a pandemia. A informação foi dada pelo prefeito, depois de reunião nesta manhã desta terça-feira (28.07) com o grupo criado pela prefeitura para avaliar medidas de enfrentamento à pandemia de covid-19.

Desde ontem, o maior estabelecimento de saúde de Campo Grande, a Santa Casa, anunciou estar em colapso por causa do atendimento de doentes por outras causas. Marquinhos disse que na primeira semana de julho, o hospital fez 198 atendimentos e 35 pessoas precisaram de leito de terapia intensiva. No fim de semana, já com a determinação de funcionamento apenas dos serviços essenciais, foram 229 atendimentos na Santa Casa, 45 deles de gente em estado grave o suficiente para ocupar um leito de UTI.

“Isso mostra crescimento de violência doméstica, politraumatizados e esfaqueados”, relaciona o prefeito, lembrando que era para ser justamente o oposto.

Campo Grande está, segundo escala criada por autoridades estaduais, em situação de risco máximo para covid-19, a chamada bandeira preta. Nesse caso, a recomendação é de medidas mais restritas possíveis, inclusive de lockdownRejeito pelo empresariado, o termo é evitado por Marquinhos. Em conversa com site de notícias, o prefeito falou da análise sobre adotar “lei seca” aos fins de semana e também de ampliar blitzes educativas, para tentar “convencer” as pessoas a colaborar.

Por enquanto, está valendo decreto que restringiu parcialmente o horário de funcionamento dos comércios. No próximo fim de semana, voltaria tudo ao normal, mas uma nova medida vai ser adotada antes disso.

Números

O boletim epidemiológico desta terça-feira (28.07), trouxe a confirmação de mais 641 exames positivos para o novo coronavírus (Covid-19) nas últimas 24 horas no MS, sendo que mais de 50% desses novos casos foram registrados na Capital. Com isso, o número de casos confirmados da doença no Estado chega a 22.443.

Campo Grande registrou 302 novos casos confirmados. Em todo o Estado a taxa de ocupação dos leitos é de 64%. Na macrorregião de Campo Grande 96% dos leitos já estão ocupados, de Dourados 63%, macrorregião de Três Lagoas 42% dos leitos ocupados e macrorregião de Corumbá com 82% de ocupação.

Foram registrados nove óbitos, passando para 328 mortes pela doença em Mato Grosso do Sul, mantendo a taxa de letalidade em 1,5%. Os óbitos foram dois em Campo Grande, dois em Corumbá. Já Chapadão do Sul, Nova Andradina, Miranda, Dourados e Ponta Porã registraram um óbito cada.

 

Da Redação, com informações do Campo Grande News / Foto: reprodução de pronunciamento online

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