Irã anuncia que deteve petroleiro britânico no estreito de Ormuz

A Guarda Revolucionária do Irã anunciou nesta sexta-feira (19) que capturou o petroleiro britânico Stena Impero por violar a lei marítima internacional quando cruzava o estreito de Ormuz, palco de uma escalada da tensão entre Teerã e Washington.

Segundo a BBC, a Stena Bulk, empresa dona do navio, diz que ele estava a caminho da Arábia Saudita, com 23 tripulantes a bordo, quando foi abordado por “pequenas embarcações não identificadas e um helicóptero”.

A detenção acontece no mesmo dia em que A Suprema Corte de Gibraltar estendeu por mais 30 dias o período de retenção do petroleiro iraniano Grace 1, detido há duas semanas nesse território pelas suspeitas de que transportava petróleo à Síria, país em conflito armado há oito anos e sujeito a sanções da União Europeia.

A decisão foi tomada nesta sexta-feira durante reunião do Supremo local, que marcou uma nova audiência para o dia 15 de agosto, segundo informou o governo desta colônia britânica em comunicado.

Petroleiro 'Grace 1', suspeito de levar petróleo iraniano à Síria, foi apreendido em Gibraltar — Foto: Jon Nazca/Reuters

Petroleiro ‘Grace 1’, suspeito de levar petróleo iraniano à Síria, foi apreendido em Gibraltar — Foto: Jon Nazca/Reuters

Quatro membros da tripulação do petroleiro, entre eles o capitão, foram detidos, mas colocados em liberdade após pagar uma fiança na semana passada.

A detenção do Grace 1 gerou um conflito diplomático entre Irã e Reino Unido, e na semana passada uma fragata da Marinha britânica abortou uma tentativa de três navios ligeiros iranianos de interceptar um petroleiro britânico que navegava pelo Golfo Pérsico.

Na quarta-feira, a primeira-ministra britânica, Theresa May, e o ministro principal gibraltino, Fabián Picardo, analisaram a situação em reunião em Londres, na qual a chefe de governo do Reino Unido ressaltou a “importância de que se siga o processo legal independente em Gibraltar” e elogiou os esforços do território em “implementar as sanções da União Europeia sobre a Síria”.

Fonte: G1.com

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