Campo Grande faz 120 anos com a energia de uma cidade que cresce como criança

A cidade Morena comemora seus 120 anos de emancipação política administrativa no próximo hoje, (26). A capital sul-mato-grossense tem hoje, cerca de 885 mil habitantes e tem características próprias, como por exemplo, ser uma das capitais mais arborizadas do país, apesar de ter hoje uma população estimado de 885 mil habitantes, de acordo com o IBGE (Instituto de Geografia e Estatística).

A cidade ainda é 7º colocada entre as capitais com a melhor qualidade de vida, pois além de ser arborizada, ela ainda foi classificada em entre as quatro melhores do país em segurança, conquistou a 6ª posição na categoria saúde e a 9ª em educação e cultura.

Influências Culturais

Campo Grande tem como característica uma mistura cultural atípica em relação a outros estados, temos influências árabes e japonesas, o que não é novidade no Brasil, mas também temos fortes laços culturais indígenas e paraguaios, dos quais nos apropriamos do refrescante Tereré e da Chip, tradicional e apreciada entre os moradores não só da Capital como em todo o estado.

Dos japoneses temos o Sobá, típico de Okinawa, muito popular nos restaurante e feiras da cidade; já dos árabes, basta ir à rua 7 de Setembro para saborear deliciosas esfihas em comidas típicas em locais que testemunharam o crescimento de Campo Grande.

Pontos Turísticos

Outra característica da cidade são seus pontos turísticos. A Estação Ferroviária foi um marco para a formação moderna da cidade. Para um passeio no fim de tarde ou aos finais de semana, existem o Parque das Nações Indígenas e a Orla Morena. Já o Horto Florestal atrai turistas do país inteiro pela possibilidade da prática de observação de pássaros, que reúne diversos espécimes do Cerrado e do Pantanal Sul-mato-grossense.

Foto: Prefeitura Municipal de Campo Grande.

A vida noturna também é apreciada pelos seus moradores e visitantes, a cidade conta com ótima rede hoteleira e restaurantes com chef´s renomados, também existem vários bares e casas noturnas, um corredor gastronomico na Rua Bom Pastor, além dos shoppings que atraem muitos turistas.

Hoje a cidade é administrada pelo prefeito Marquinhos trad, que está em seu primeiro mandato. Filho do político, Nelson Trad, ele é membro de uma família de políticos sendo que seus irmãos são: o senador Nelsinho Trad e o deputado federal Fábio Trad. O chefe do Executivo se caracteriza como um gestor dinâmico e moderno.

Rua Bom Pastor é repleta de bares e restaurantes dos mais variados tipos, de comida japonesa ao tradicional churrasco.

120 anos e 155 presentes para a Cidade Morena

A prefeitura programou vários eventos dentro de agosto, entregando obras que contemplam unidades de saúde, EMEI’s, academias ao ar livre, pavimentação de bairros como o Jardim Anache e o Jardim Botafogo e a iluminação LED na Orla Morena e na Avenida Duque de Caixas, que vai oferecer mais segurança à população e economia ao município.

Também serão lançados vários projetos fundamentais, como a readequação viária do complexo de rotatórias da Joaquim Murtinho, Ceará e Zahran, além da reforma dos terminais do transporte coletivo.

Vale destacar o início de um grande programa de revitalização de praças que começa neste mês. Agosto também foi marcado com a volta de Campo Grande ao roteiro dos grandes eventos como a Stock Car e o Rally dos Sertões que, juntos, que transformaram a cidade na capital brasileira do automobilismo por uma semana. As riquezas econômicas e culturais também fizeram parte desse calendário com o Festival do Sobá, Festival Gastronômico da Bom Pastor e a 1ª Feira de Negócios Agropecuários. A prefeitura ainda vai realizar sonhos com o 2º Feirão Habita Campo Grande e o sorteio público de mais 536 unidades habitacionais.

Para o prefeito Marquinhos Trad, cada uma das 155 atividades incluídas no calendário oficial de agosto é a devolução dos impostos pagos pelo cidadão, de maneira responsável, correta, honesta e transparente. “Nada mais do que a obrigação de um gestor que busca melhorar os equipamentos públicos para que os cidadãos os utilizem com mais conforto e menos estresse”, declarou.

História 

Em 1870 (por razão da Guerra da Tríplice Aliança) chegou a notícia aos moradores de Monte Alegre de Minas, no Triângulo Mineiro, de terras férteis para agropecuária, na região do então “Campo Grande da Vacaria”. Isso acabou contentando José Antônio Pereira, que precisava de terras para alojar sua família. Em 21 de junho de 1872 chegou e se alojou em terras férteis e completamente desabitadas da Serra de Maracaju, na confluência de dois córregos – mais tarde denominados Prosa e Segredo – e que hoje é o Horto Florestal.

O primeiro historiador da cidade, Rosário Congro, afirmou que no ano seguinte João voltou a Monte Alegre, deixando a João Nepomuceno a responsabilidade pelo seu rancho. No dia 14 de agosto de 1875, Pereira enfim retorna com sua família (esposa e oito filhos), escravos, além de outros (num total de 62 pessoas).

Estação Ferroviária de Campo Grande nos anos 50. Foto: Arquivo histórico

No fim de 1877 cumpre uma promessa feita durante a viagem de retorno e constrói a primeira igrejinha (rústica de pau-a-pique com telhas de barro). As casas, de precário alinhamento, formaram a primeira rua (chamava-se Rua Velha, atual rua 26 de Agosto, e terminava num pequeno largo (atual Praça dos Imigrantes), onde havia uma bifurcação, formando mais duas vias). José Antônio Pereira, fundador do arraial, construiu sua residência definitiva no final da ramificação de baixo (hoje rua Barão de Melgaço). Faleceu em sua fazenda Bom Jardim, em 11 de janeiro de 1900, meses depois da emancipação política da vila (26 de agosto de 1899).

Consolidação

A partir de 1879 novas caravanas de mineiros foram chegando e sendo distribuídas nas terras devolutas, marcando suas posses, quase sempre sob a orientação do fundador. Estabeleceram assim as primeiras fazendas do Arraial de Santo Antônio do Campo Grande. No centro da rua, no comércio e farmácia, que pertenciam a Joaquim Vieira de Almeida, reuniam-se a alta sociedade do local.

Rua 14 de julho em 1920. Foto: Arquivo histórico

Era o homem que tinha maior instrução na vila e era o redator de documentos de caráter público ou privado. E eram resolvidos ali os problemas comunitários, de onde saíam as reivindicações ao governo. Foi de autoria do próprio Joaquim Vieira de Almeida uma correspondência solicitando a emancipação da vila.

Campo Grande está localizada equidistante dos extremos norte, sul, leste e oeste de Mato Grosso do Sul, fator que facilitou a construção das primeiras estradas da região, contribuindo para que se tornasse a grande encruzilhada ou polo de desenvolvimento de uma vasta área.

É considerado o mais importante centro impulsionador de toda a atividade econômica e social do estado, posicionando-se como o de maior expressão e influência cultural, sendo também o polo mais importante de toda a região do antigo estado, desmembrado em 1977.

Tudo isso e muito mais espera quem visita ou decide morar em Campo Grande, uma cidade que acolhe com carinho de olho no futuro.

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