SES realiza roda de conversa sobre violência contra mulher e Lei Maria da Penha

IA Secretaria de Estado de Saúde (SES) realiza nesta quarta-feira (28.8) uma roda de conversa sobre Violência Contra Mulher – Lei Maria da Penha. O evento, que acontece no saguão da SES, às 8h30, vai reunir mulheres de diversos segmentos, como a titular da Subsecretaria Especial da Cidadania, Luciana Azambuja, a psicóloga Melania Pandolfi, e Bruna Oliveira, sobrevivente de uma tentativa de feminicídio, que por sete anos sofreu agressões físicas do marido.

A ação é uma iniciativa da Coordenadoria  Estadual de Vigilância Epidemiológica, por meio da Gerência Técnica de DANT (Doenças e Agravos Não Transmissíveis).

No mês dedicado ao combate ao feminicídio, o “Agosto Lilás”, a intenção é alertar os servidores estaduais sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher e sensibilizá-los sobre a Lei Maria da Penha, criada para amparar as vítimas de violência.

O “Agosto Lilás” foi criado em referência à sanção da Lei Maria da Penha (Lei Federal nº 11.340/ 2006), assinada no dia 7 de agosto e que completa 13 anos em 2019. Um dos motes do “Agosto Lilás” é a divulgação da lei que foi elaborada justamente para amparar as mulheres vítimas de violência, seja ela física, sexual, psicológica, moral ou patrimonial.

“O Agosto Lilás tem ações que vão da conscientização à denúncia. Despertar na sociedade quão importante é ter uma mobilização para coibir todas as formas de violência contra a mulher”, disse a responsável pela Gerência Técnica de Doenças e Agravos não transmissíveis, Aneth da Silva Benites Lino.

Segundo Aneth, a violência contra a mulher afeta mulheres de todas as classes sociais, idades, nível de escolaridade, raça e religiões. O agressor é, geralmente, o marido, namorado ou ainda o pai, irmão, tio, avô. Mas a violência também pode vir de outra mulher, como a mãe, sogra ou cunhada.

A violência doméstica pode ocorrer em casa, entre pessoas da família ou entre pessoas que mantenham relações íntimas de afeto, mesmo sem a convivência sob o mesmo teto. “Não importa a classe social, a idade ou a religião; quando o assunto é violência contra a mulher não existe um perfil específico de vítima, nem de agressor”, disse ela.

Números da violência

Mato Grosso do Sul já registrou nesse ano, de janeiro a agosto, 1.381 casos de violência física contra mulheres; sem contabilizar as ocorrências que não são denunciadas. Só de violência sexual, já temos, nesse mesmo período, 245 vítimas, outras 414 mulheres que foram submetidas à violência moral/psicológica e 22 que sofreram agressão financeira. Se somadas, as agressões totalizam 2.062 mil casos. As informações fazem parte do Sistema de Notificação e Agravos de Notificação (SINAN).

(*) Informações com a Secretaria de Estado de Saúde (SES).

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