Venda de livros no Brasil tem alta de 2016 a 2018

O número de livros vendidos no Brasil cresceu de 318,56 milhões de cópias em 2006 para 352,02 milhões em 2018. No entanto, o mercado teve uma queda real de 25% no período, informa a edição mais recente da pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro. O resultado, que leva em conta vendas para o mercado e para o governo, considera a inflação do período.

O faturamento em 2006 foi de R$ 6,8 bilhões, em valor atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2018, foi de R$ 5,1 bilhões. No entanto, o número de exemplares vendidos cresceu de 318,56 milhões de cópias em 2006 para 352,02 milhões em 2018.

Já o preço médio dos livros caiu 34%, o que explica, em parte, a redução no faturamento. Nas vendas para o mercado, o preço médio em 2006 de R$ 27,74 e passou para R$ 18,19 no ano passado. Nas vendas para o governo, baixou de R$ 11,39 para R$ 9,59.

Baixa leitura

Outro estudo, realizado em 2016 a 4ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, apontou que o brasileiro lê em média 2,43 livros por ano. A pesquisa foi desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro e considera “leitor” aquele que leu pelo menos um livro nos últimos três meses – inteiro ou em partes.

De acordo com especialistas da área da educação, o baixo índice de leitura é uma das mazelas históricas brasileira e aponta para o empobrecimento dos debates, pois o repertório amplo de leituras contribui para o amadurecimento do espírito crítico do cidadão

Conforme a pesquisa, entre as principais motivações que impulsionam os leitores brasileiros estão: o gosto pela leitura (25%), atualização cultural (19%), distração (15%), motivos religiosos (11%), crescimento pessoal (10%), exigência escolar (7%) e atualização profissional ou exigência do trabalho (7%). Já a primeira razão apresentada pelos leitores como obstáculo para o aumento da leitura é a falta de tempo (43%).

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