Gêmeas siamesas têm corações e pulmões separados, mas equipe médica trata o caso com cautela

Os médicos que acompanham o caso das gêmeas siamesas ligadas pelo abdômen deram uma coletiva na manhã desta quarta-feira (8), na Santa Casa de Campo Grande. De acordo com os especialistas, exames apontaram que as gêmeas têm corações e pulmões separados, mas a independência das estruturas ligadas a esses órgãos ainda é um mistério.

Os médicos afirmaram ainda que a prioridade no momento é mantê-las vivas. Cirurgia de separação ainda não é um tema a ser debatido por hora.

O neonatologista Walter Peres, o ginecologista e obstetra William Leite e o cirurgião torácico Diogo Gomes explicam que, devido à raridade e complexidade do caso, os resultados dos testes já feitos não são precisos, mas apenas dão pistas sobre o caso.

SITUAÇÃO ATUAL

Maria Júlia e Luna Vitória estão estáveis, porém o quadro ainda é considerado grave. Elas respiram com ajuda de aparelhos e recebem os nutrientes necessários para sobrevivência pela veia. Os pais estão constantemente ao lado delas. A família é atendida por psicólogos e assistentes sociais para ajudá-la nesta fase complicada.

Já as pacientes são assistidas por enfermeiros, fisioterapeutas e médicos de sete especialidades diferentes, segundo Peres, que também comanda a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, onde as gêmeas estão internadas.

Elas também recebem doses de antibióticos para evitar infecções, estão sedadas e todos os dias fazem uma série de exames para iluminar cada vez mais o caso.

A taxa de sobrevivência de siameses é de 18%. Na maioria dos casos a cirurgia de separação aconteceu somente após o primeiro mês de vida. Maria Júlia e Luna Vitória têm apenas alguns dias e muita luta pela frente.

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