Energisa alerta e dá dicas de segurança para o período de chuvas

A meteorologia indica chuvarada para o início do ano e, com isso, aumentam também as descargas atmosféricas, capazes de causar danos dentro da sua casa ou trabalho. Tudo porque o calor e a umidade do ar, em conjunto, contribuem para formação de nuvens de tempestades que estimulam a ocorrência desses fenômenos da natureza.

Dados divulgados pelo Instituto de Nacional de Meteorologia (Inmet) apontam, que o volume de chuvas para janeiro pode chegar a 150mm de acumulado, e há previsão também de temporais em diversas cidades do Estado.

“O período de setembro a março, ou seja, da primavera até o fim do verão, é tido como estação das chuvas no Brasil, com formação constante das nuvens do tipo Cumulonimbus – as mais perigosas e que geram raios de alta intensidade” – alerta a especialista em Meteorologia, Franciane Rodrigues, do CEMTEC/MS.

Ela explica que o Brasil é campeão em descargas atmosféricas por ser o maior país da zona tropical do planeta, lembrando que MS está no topo do ranking. “Essa alta incidência é geográfica – por estarmos em uma área central, onde o clima é mais quente e, portanto, mais favorável à formação de tempestades e raios”, finaliza a meteorologista.

Em 2019, a Energisa detectou quase 2 milhões de raios (descargas atmosféricas), em Mato Grosso do Sul. Do total, cerca de 700 mil de nuvem solo (raios que começam na nuvem e terminam no solo) e mais de 1,2 milhão de descargas intra-nuvens (que acontecem no interior das nuvens Cumulonimbus), ocorrências naturais e que trazem risco à população.

“Os raios, podem atingir diretamente as pessoas e imóveis, ou ainda, pode acontecer por meio de objetos metálicos, telefonia, antenas externas, redes de TV e internet via cabo”, explica o gerente do Departamento de Operação da Energisa, Fernando Corradi. Ele informa no ano passado foram mais de 60 mil atendimentos ocasionados por eventos climáticos.

É preciso ficar atento pois além dos raios, os temporais geralmente são acompanhados de fortes rajadas de ventos, o que acabam trazendo ainda mais riscos para as pessoas. “Os ventos, além de lançar objetos sobre as redes de energia, podem provocar a queda de árvores e galhos sobre carros e casas”, alerta o gerente.

Veja como agir em casos de risco:

• Retire os aparelhos eletroeletrônicos das tomadas;
• Nunca utilize telefone com fio ou aparelho conectado à tomada durante uma forte tempestade com incidência de raios;
• Se precisar fazer uma ligação, dê preferência aos celulares;
• Deixe para carregar ou smartphone em outro momento e sempre opte por usar o notebook na bateria e pela rede Wi-Fi, dispensando o uso de fios;
• Os cabos telefônicos, cabos de TV por assinatura e fiação de antenas são capazes de conduzir a corrente elétrica dos raios até os aparelhos. Por isso, é aconselhável retirar os aparelhos eletrônicos (normalmente mais sensíveis) das conexões com rede de telefonia, TV a cabo e antena externa;
• Sempre que puder instale dispositivos de proteção contra surtos, as DPS, conforme NBR-5410
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) e aterre a rede elétrica da residência ou comércio; • Não utilize chuveiro ou torneira elétrica (secador, chapinha etc);
• Quando ouvir os trovões, nunca fique em campo aberto. Procure abrigo imediatamente em construções e feche os vidros e janelas;
• Durante temporais, evite aglomerações;
• Evite ser o ponto mais alto das proximidades ou estar próximo dele;
• Se não for possível se abrigar, agache-se, com as mãos na nuca e pés juntos;
• Não fique embaixo de árvores ou próximo a torres;
• Se estiver dentro de um carro feche as janelas e aguarde a tempestade passar para poder sair. O carro oferece uma boa proteção contra raios;
• E não toque em fios caídos ou em objetos que estejam em contato com a rede elétrica, eles podem estar energizados; em caso de acidentes acione imediatamente a Energisa pelo telefone 0800 722 7272, e o Corpo de bombeiros pelo 193.

 

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