SES alerta e orienta municípios sobre coronavírus

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) está informando e alertando todos os munucípios de MS sobre procedimentos a serem tomados em caso de suspeita de infecção pelo coronavírus.

De acordo com a diretora geral de Vigilância em Saúde Larissa Domingues Castilho, as suspeitas deverão  ser notificadas imediatamente, no máximo em 24 horas para que a secretaria possa tomar as medidas de segurança e estratégicas.

“A notificação deve ser realizada pelo meio de comunicação mais rápido disponível, em até 24 horas, a partir do conhecimento de caso que se enquadre na definição de suspeito no Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde”, salienta a diretora. De acordo com a nota, equipes de vigilância epidemiológica municipais, bem como serviços de saúde, devem estar em alerta aos casos de pessoas com sintomatologia respiratória e que apresentam histórico de viagens para áreas de transmissão local do vírus ou contato próximo com caso suspeito nos últimos 14 dias.

Outra orientação é para que os casos suspeitos estáveis sejam mantidos em isolamento no serviço de saúde ou domicílio. Já os casos com evoluções mais graves deverão ser encaminhados a hospitais de referência. “Os casos de pacientes em que houver necessidade de transferência, serão regulados via central de regulação estadual para o serviço que naquele momento tiver condições de recebê-los”.

 

Para configurar os casos suspeitos, a SES aponta três situações. Na primeira, a pessoa deve ter febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais, entre outros), além de histórico de viagem para área com transmissão local, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; nas outras duas hipóteses, deve ter existido contato próximo de caso suspeito ou contato próximo de caso confirmado de coronavírus em laboratório, no mesmo período.

 Procedimentos

Para o diagnóstico laboratorial, a SES está orientando os profissionais da saúde a utilizarem, na coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro) em caso de suspeita, equipamento de proteção individual adequado, que inclui luvas descartáveis, avental e proteção para os olhos ao manusear amostras potencialmente infecciosas, bem como uso de máscaras.

Sempre que ocorrer a identificação de caso suspeito, deverá ser feita coleta de amostra. “É necessária a coleta de duas amostras respiratórias. As coletas devem seguir o protocolo de Influenza (gripe) na suspeita coronavírus. As duas amostras serão encaminhadas com urgência para o Laboratório Central (LACEN). Uma das amostras será enviada ao Centro Nacional de Influenza (NIC) e a outra será enviada para análise de metagenômica”,

A nota técnica orienta também que as amostras devem ser mantidas refrigeradas na temperatura de 4 a 8 graus centígrados e transportadas ao Laboratório Central (LACEN) dentro de24 horas a partir da coleta. “Os testes para o coronavírus devem ser considerados apenas para pacientes que atendam à definição de caso suspeito, uma vez descartada a infecção por Influenza (gripe)”, complementa.

Quanto às medidas de isolamento, as recomendações são de que o paciente seja mantido em quarto privativo, cuja entrada deve ser sinalizada com um alerta referindo para doença respiratória (gotículas), a fim de limitar a entrada de pacientes, visitantes e profissionais que estejam trabalhando em outros locais do hospital; e o acesso deve ser restrito aos trabalhadores da saúde envolvidos no atendimento do indivíduo no serviço de saúde.

 Assistência hospitalar

Os cuidados que se dever ter com o paciente com suspeita de contaminação com o coronavírus, entre outros, são os seguintes: uso de máscara cirúrgica desde o momento em que forem identificados na triagem até sua chegada ao local de isolamento, que deve ocorrer o mais rápido possível; imediatamente antes da entrada no quarto, devem ser disponibilizadas condições para a higienização das mãos; limitar a movimentação do paciente para fora da área de isolamento. Se necessário o deslocamento, manter máscara cirúrgica no paciente durante todo o transporte.

De acordo com as recomendações, qualquer pessoa que entrar no quarto de isolamento, ou entrar em contato com o caso suspeito, deve utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) nas exposições por um tempo mais prolongado e procedimentos que gerem aerolização; eventualmente, máscara cirúrgica em exposições eventuais de baixo risco; protetor ocular ou protetor de face; luvas; capote/avental. “Nos casos em que forem necessários acompanhantes, orientar quanto a importância da higienização das mãos. A provisão de todos os insumos como sabão líquido, álcool gel e EPI devem ser reforçados pela instituição, bem como higienizantes para o ambiente”.

Medidas de prevenção

Entre as recomendações dos técnicos para prevenção à doença, estão: evitar contato próximo com pessoas com infecções respiratórias agudas; lavar frequentemente as mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente e antes de se alimentar; usar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir; evitar tocar nas mucosas dos olhos; higienizar as mãos após tossir ou espirrar; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados; e evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

De acordo com a orientação expedida, alguns coronavírus são capazes de infectar humanos e podem ser transmitidos de pessoa a pessoa pelo ar (secreções aéreas do paciente infectado) ou por contato pessoal com secreções contaminadas. Porém, outros coronavírus não são transmitidos para humanos, sem que haja uma mutação.

“Na maior parte dos casos, a transmissão é limitada e se dá por contato próximo, ou seja, por meio de qualquer pessoa que cuidou do paciente, incluindo profissionais de saúde ou membro da família, que tenha tido contato físico com o paciente ou tenha permanecido no mesmo local que o paciente doente”, diz a nota.

Quando ao tratamento, a SES afirma que não há um medicamento específico. Indica repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos. Nos casos de maior gravidade com pneumonia e insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação mecânica podem ser necessários”, conclui.

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