Sugestão de Marquinhos Trad pode se tornar realidade, Guedes diz que país poderá imprimir dinheiro.

Há Pouco mais de um mês, o prefeito Marcos Trad  sugeriu que o país poderia imprimir dinheiro, e o que levou a ser motivo de piado por muitos, hoje pode se tornar realidade.

Após a ideia sugerida por Marquinhos Trad (PSD)  prefeito de Campo Grande ser alvo de piadas, Paulo Guedes confirmou nesta quinta-feira (30) que o Governo Federal poderá emitir moedas para conter a crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus.

Ao falar sobre o assunto em audiência no Congresso Nacional, ele revelou que essa é uma possibilidade, assim como a compra pelo Banco Central de dívida interna para financiar a dívida pública. “Se cair numa situação que a inflação vai praticamente para zero, os juros colapsam, e existe o que a gente chama da armadilha da liquidez, o Banco Central pode sim emitir moeda e pode sim comprar dívida interna”, disse Guedes, em fala repercutida pelo Jornal O Globo.

Em março, o prefeito de Campo Grande falou sobre a sugestão de a União imprimir dinheiro para ajudar a economia. A fala foi alvo até de piadas na ocasião. Entretanto, o recurso é defendido por nomes como o do ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Na prática, emitir moedas ou imprimir mais dinheiro significa injetar recursos na economia. A emissão precisa ser autorizada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Além de Guedes, o conselho é formado pelo ministro da  Fazenda e pelo presidente do Banco Central. Este último, entretanto, já se mostrou contrário à emissão.

Caso a medida seja posta em  prática, os riscos são descontrole da inflação ou crise hiperinflacionária. Para Paulo Guedes, o Banco Central pode impedir o risco  recomprando a dívida interna. “Se a taxa de juros for muito baixa ninguém quer comprar título muito longo e aí pode monetizar a dívida sem que haja impacto inflacionário”, explicou.

De acordo com Paulo Guedes esta solução para não ser necessário de emitir moeda seria o Congresso aprovar uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que acaba com parte dos fundos públicos e transfere R$ 250 bilhões para reduzir a dívida.

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