A vacina que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, contra o coronavírus, começará a ser testada no Brasil neste mês.
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), participarão do estudo.
A autorização para que os testes sejam realizados no país foi publicada pela Anvisa em edição extra do Diário Oficial da União na noite de terça-feira (2). Segundo a Unifesp, duas mil pessoas participarão dos testes, que serão feitos também com apoio do Ministério da Saúde. “O mais importante é realizar essa etapa do estudo agora, quando a curva epidemiológica ainda é ascendente e os resultados poderão ser mais assertivos”, disse a coordenadora do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), da Unifesp, Lily Yin Weckx, que é a investigadora principal do estudo, segundo comunicado da universidade.
Em São Paulo, serão selecionados 1 mil voluntários que estejam na linha de frente do combate ao coronavírus, e não podem ter entrado em contato com a doença. Os testes, que serão financiados pela Fundação Lemann, contribuirão para o registro da vacina no Reino Unido, previsto para o final deste ano.
O registro formal, entretanto, só ocorrerá após o fim dos estudos em todos os países participantes, disse a universidade.
Segundo a Anvisa, o pedido para realização dos testes foi feito junto à agência reguladora pela empresa AstraZeneca do Brasil, controlada pelo conglomerado farmacêutico AstraZeneca, e busca “determinar a segurança, eficácia e imunogenicidade da vacina”.
“Os estudos iniciais não clínicos em animais e os estudos clínicos de fase 1 em humanos para avaliar a segurança da vacina foram realizados na Inglaterra e os resultados demonstraram que o perfil de segurança da vacina foi aceitável”, disse a Anvisa.
Da redação, com informações da Agência Brasil
Foto: AFP