Aconteceu na tarde desta quinta-feira (4), na Esplanada Ferroviária, uma reunião entre o prefeito Marquinhos Trad, secretários, sindicato das empresas do transporte e trabalhadores do segmento, para definir procedimento para reabertura do Terminal Rodoviário de Campo Grande. De acordo presidente da Federação do Trabalhadores em Transporte, Samir José Silva, devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), cerca de mil trabalhadores do setor já perderam seus empregos e boa parte estão com os contratos suspensos por causa do fechamento do terminal.
Ainda conforme o sindicalista, a reabertura do terminal rodoviário é fundamental para que outras pessoas não acabem ficando também sem trabalho. “O que ficou definido é um grande avanço são as medidas da barreira sanitárias na rodoviária. Liberando a reabertura, que seja 50% dos serviços prestados estarem funcionando já vai ajudar muito, tanto para as empresas, quanto para os trabalhadores. Essa situação é complicada, pois as pessoas elas podem morrer de fome, ao invés da Covid-19”, projetou.
Conforme o secretário Luís Eduardo Costa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), ficou definido que as empresas, bem como a Socicam – concessionária que administra a rodoviária – que eles serão responsáveis por adequarem e procederem todos os protocolos de biossegurança estipulados pela Prefeitura e o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MP-MS).
Todas as pessoas que vão ingressar para dentro da capital precisarão passar por medidas sanitárias de segurança. Essa estrutura os setores se comprometeram em fazer. Posteriormente, o prefeito, todos as autarquias municipais de Saúde do município, Semadur e a MP, iremos fazer uma vistoria técnica que irá atestar se essas medidas estão de acordo com o que foi estipulado. Nós entendemos que ter o lugar regrado é melhor do que ter embarques e desembarques clandestinos, que é muito difícil identificar”, explicou.
Costa complementou a informação dizendo que “você imagina van com 12 pessoas cardiopatas e, com elas uma com Covid-19, são doze que irão direto para o respirador. A importância de termo o regramento, quantidade de pessoas dentro dos ônibus, ou outros veículos, a questão de limpeza, triagem, entre outros, são métodos que podem ser adotados com a colaboração de todos, para que os passageiros de fora possam vir a capital”, salientou.
O secretário argumentou ainda que hoje Campo Grande é que tem menos índices de contaminação do Brasil, em relação a outras cidades do mesmo porte. “Nós queremos fazer que todo tipo de contágio seja colocado para frente e, se possível, em um absente onde se já tenha a vacina e melhores protocolos de medicamentos e tratamentos. É um problema econômico, sem dúvida, mas não podemos colocar a economia a frente da vida”, argumentou.
Sobre a expectativa de reabertura, o secretário informou que ainda não há previsão. “É possível que na próxima semana possamos construir coletivamente essas barreiras sanitárias, mas eu ainda não posso afirmar uma data especifica para a volta dos serviços rodoviários”, finalizou.
Fechamento da Rodoviária
O anúncio de fechamento novamente o terminal Rodoviário de Campo Grande foi anunciado pelo prefeito Marquinhos Trad na última terça-feira (2). Segundo Marquinhos, a medida se tornou necessária após o aumento de casos de coronavíruis nas cidades do interior, principalmente em Dourados, cidade que agora tem o maior número de infectados.
O fechamento passa a valer nessa quinta-feira (5) e tem prazo de 30 dias. No local já não estava sendo permitido desembarques de passageiros interestaduais, apenas entre os munícios do estado.
Da redação
Foto: Socicam