Programa de conservação está reintroduzindo diabos-da-tasmânia na Austrália continental

Onze diabos-da-tasmânia foram reintroduzidos recentemente na Austrália continental, mais de 3.000 anos depois que foram extintos nessa parte.

Os marsupiais carnívoros foram soltos em um santuário de vida selvagem de 400 hectares ao norte de Sydney, New South Wales, segundo confirmou a ONG australiana Aussie Ark em um comunicado.

“Daqui 100 anos, vamos olhar para este dia como aquele que deu início à restauração ecológica de um país inteiro”, disse Tim Faulkner, presidente da Aussie Ark.

“Esta não é apenas a reintrodução de um dos adorados animais da Austrália, mas de um que irá projetar todo o ambiente ao seu redor, restaurando e reequilibrando nossa ecologia florestal após séculos de devastação por raposas e gatos introduzidos e outros predadores invasores”.

Os diabos-da-tasmânia morreram no continente após a chegada dos dingos e ficaram restritos à ilha da Tasmânia. No entanto, seus números sofreram outro golpe por causa uma forma contagiosa de câncer conhecida como tumor facial do diabos-da-tasmânia (DFTD na sigla em inglês), que matou cerca de 90% da população desde que a doença foi descoberta, em 1996.

Existem agora apenas 25 mil diabos selvagens restantes na Tasmânia, e a ONG Aussie Ark tem trabalhado para conservar a espécie nos últimos dez anos. A equipe libertou os 11 diabos em 10 de setembro, após uma soltura anterior envolvendo 15 desses marsupiais, o que significa que 26 diabos-da-tasmânia agora vivem na Austrália continental.

Ativistas libertando os animais
Existem planos para libertar mais 40 diabos. (Foto: Wildark)

Os diabos vêm do programa de criação da Aussie Ark, que cresceu de 44 indivíduos em 2011 para mais de 200 hoje. A equipe cria os animais usando métodos que estimulam comportamentos naturais, para que tenham uma chance maior de sobrevivência quando soltos na natureza.

“Sem o incrível trabalho e a perseverança da Aussie Ark ao longo de todos esses anos, a recente reintrodução do diabos-da-tasmânia não teria sido possível. Em vez de esperarmos pela recuperação da espécie, estaríamos assistindo à sua extinção”, disse Don Church, presidente da instituição de caridade Global Wildlife Conservation.

 

Informações: CNN / Foto: Wildark-Aussie Ark

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