Ações da Gol podem disparar até 41%

As companhias aéreas ainda sofrem para sair da turbulência. A OceanAir (antiga Avianca Brasil) já faliu, a Latam está em recuperação judicial. Enquanto isso, Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) demonstram estar mais resilientes durante esse processo. E para os analistas dos bancos Bradesco (BBDC3) e BTG Pactual (BPAC11), o céu da Gol começa a ficar parecido com o de brigadeiro.

De acordo com o BTG, a ação da Gol pode subir 41% em 12 meses, em relação ao fechamento do pregão desta terça-feira (13). Já o Bradesco é um pouquinho menos otimista – mas ainda bastante – e acredita que a alta pode chegar a 37%.

Segundo os bancos, é uma verdade que a empresa ainda tem muito o que recuperar. Mas já há sinais bastante positivos. A Gol está planejando alcançar 500 voos por dia e operar 80% de sua capacidade de 2019 já no quarto trimestre. Em setembro, a empresa chegou até a 290 voos por dia.

E durante esse período complicado, a Gol conseguiu fortalecer o seu caixa. O caixa operacional em setembro aumentou R$ 1 milhão por dia, enquanto em agosto eram perdas de R$ 6 milhões do dia por causa da amortização total do empréstimo feito de US$ 300 milhões.

A empresa previu que terá consumo líquido de caixa de R$ 2 milhões por dia entre outubro e o fim de dezembro, após encerrar setembro com liquidez de aproximadamente R$ 2,2 bilhões. Incluindo outras fontes de recursos, a empresa afirma que tem cerca de R$ 6 bilhões em liquidez.

“Os resultados preliminares divulgados pela Gol confirmam que a Gol está reconstruindo a sua malha aérea com sucesso e tem liquidez para executar o plano de recuperação”, dizem os analistas Victor Mizusaki e Gabriel Rezende, do Bradesco.

 

Foto: Rovena Rosa

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