A Pesquisa Nacional de Saúde divulgada nesta quarta-feira (21) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que 86,2% dos brasileiros —o que corresponde a 137 milhões de pessoas—, estão acima do peso. Segundo o estudo, 60,3% da população com mais de 18 anos apresenta excesso de peso e 25,9%, obesidade.
A pesquisa também identificou que 26,1% dos adolescentes entre 15 e 17 anos no Brasil estão acima do peso, sendo 19,4% com excesso de peso e 6,7% obesos. Entre 2003 e 2019, os resultados de duas pesquisas do IBGE mostraram que a proporção de obesos na população com 20 anos ou mais de idade do país saltou de 12,2% para 26,8%. Já a proporção de pessoas com excesso de peso subiu de 43,3% para 61,7%. Os índices de sobrepeso e obesidade são baseados no IMC (Índice de Massa Corporal), padrão internacional de avaliação. O IMC pode ser calculado dividindo o peso em quilogramas pela altura em metros ao quadrado. O IMC de 25 a 29,9 é classificado como sobrepeso, de 30 a 34,9 é obesidade grau I; de 35 a 39,9 obesidade grau II; e maior ou igual a 40 é considerada obesidade mórbida.
Atenção primária deficiente
Segundo o levantamento do IBGE, o Brasil também teve baixa classificação na avaliação do serviço de Atenção Primária à Saúde. A nota em nível nacional ficou em 5,9, quando a nota média de corte é de 6,6.
Os requisitos da avaliação levam em consideração a coordenação do sistema informações, orientação familiar, orientação comunitária, os serviços prestados, os serviços disponíveis, afiliação etc. A pesquisa é feita em parceria com o Ministério da Saúde e define requisitos que as unidades básicas de saúde devem preencher. Os entrevistados dão notas a esses requisitos, somados em notas de 0 a 10.
Em 2019, 17,3 milhões de pessoas no Brasil utilizaram algum serviço da rede nos seis meses anteriores à pesquisa. O número de pessoas cadastradas no sistema de atenção primária no país já chega a 110 milhões de brasileiros, mais da metade da população. Informações: CNN Brasil / Imagem: DW