Os planos do Mercado Livre para ter a maior Black Friday de sua história

O Mercado Livre se prepara para o que deve ser – de longe – a maior Black Friday de sua história. E não foi preciso esperar um ano para superar os números do ano passado. Desde o início das medidas de isolamento social, as vendas semanais da varejista já superam os números da semana da Black Friday do de 2019.

Agora, uma das maiores empresas da América Latina espera que o volume de vendas na semana do próximo dia 27 de novembro seja maior que o dobro do volume observado no ano passado. E, para os que duvidam do feito: desde março, a semana média do Mercado Livre é 74% superior à média semanal de vendas do ano passado.

Fica difícil chamar a estimativa de otimista, já que os números do setor também dão respaldo à projeção. As vendas do varejo alcançaram patamar recorde em agosto, último mês analisado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor registra o maior nível de vendas desde 2000, ficando 2,6% acima do recorde registrado em outubro de 2014.

Além disso, o crescimento da participação do e-commerce no segmento também anima a varejista. Em julho, as vendas pela internet representaram 10,7% de todas as transações do comércio brasileiro. E, diante do isolamento social, comércio online teve um empurrãozinho a mais, crescendo 47%, segundo levantamento da Ebit/Nielsen.

“Dado o contexto positivo, que tem o volume de vendas muito forte, decidimos ir com tudo para esta Black Friday”, afirma Fernando Yunes, vice-presidente sênior do Mercado Livre no Brasil.

Na Black Friday de 2019, o marketplace da varejista argentina recebeu 32,8 milhões de visitas. Em 2020, o recorde já foi ultrapassado: atualmente, o ML recebe 41 milhões de visitas em um dia.

Agora, o foco em uma das principais datas do varejo é total. E o apetite do consumidor pode ajudar nesse processo. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto IPSOS,  58% dos brasileiros afirmam que planejam comprar na Black Friday – e um terço desses consumidores vai evitar lojas físicas.

O “ir com tudo” do Mercado Livre envolve, principalmente, investimento em logística e disponibilização de crédito para os comerciantes da plataforma.

Entrega em 48 horas

Com o boom do e-commerce no primeiro semestre, os varejistas correm para chegar primeiro à casa do consumidor. No mês passado, a Amazon anunciou a abertura de seu quinto e maior centro de distribuição do Brasil.

Outro concorrente de peso do Mercado Livre, o Magazine Luiza, também investe para acelerar a entrega. No último balanço trimestral, o Magalu disse ter convertido 700 de suas 1.100 lojas em centros de distribuição, o que permitiu a entrega de 35% dos pedidos em até 24 horas.

No Mercado Livre, a meta é entregar 75% dos pedidos em até 48 horas. Hoje, 5% dos produtos são entregues no mesmo dia. E, para cumprir a meta, a varejista promete realizar entregas também aos sábados e domingos. Os produtos que já estão nos centros de distribuição serão entregues no mesmo dia.

Na última Black Friday, o interesse pela modo Full, onde o Mercado Livre é responsável por todo o processso logístico do vendedor do marketplace, cresceu 114% na comparação com as outras semanas. Ou seja, o consumidor não quer só comprar barato. Ele quer barato e rápido.

Em 2020, o Mercado Livre tem um orçamento de R$ 4 bilhões para investir em logística. No ano passado, a verba era de R$ 3 bilhões. Yunes conta que a liderança da empresa começou recentemente o planejamento para 2021, mas garante que o investimento em logística será ainda maior.

Apoio aos vendedores

Entre março e maio, período de maior restrição ao comércio físico em todo o Brasil, mais de 70 mil empresas aderiram ao marketplace do Mercado Livre. Segundo Yunes, a varejista ajudou na formalização de outras 35 mil empresas.

Agora, o Mercado Livre se preocupa com a qualidade do serviço dessas empresas e com o estoque dos parceiros. Por isso, disponibilizou R$ 600 milhões em crédito para turbinar o capital de giro dos vendedores.

Tudo isso para que a varejista argentina mantenha sua liderança na oferta de produtos. Atualmente, são 250 milhões de produtos disponíveis no marketplace.

“Muitas vezes entram empresas que têm o sortimento que outro vendedor já tem, mas é comum a entrada de parceiros que têm portfólios complementares, assim vamos aumentando a oferta de produtos na nossa plataforma”, explica Yunes.

Ele ainda conta que sua empresa está fazendo o dever de casa na educação desses vendedores, oferecendo webinários diários até o dia da Black Friday sobre logística, pós-venda e estratégias para aumentar as vendas.

No último balanço, do segundo trimestre, o Mercado Livre informou que tem 11 milhões de vendedores em sua plataforma em toda a América Latina.

Agora, resta esperar para ver se a projeção da companhia irá se concretizar – e falta pouco para a corrida Black Friday.                                                     Informações: CNN Brasil / Foto: Divulgação/Mercado Livre

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