Internos de Ponta Porã envolvidos em motim são transferidos para Campo Grande

Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) informa que, por volta das  2h45 deste sábado (2.1), chegou ao fim a situação de crise na Unidade Penal Ricardo Brandão, em Ponta Porã, com a liberação do agente penitenciário feito refém por sete internos que estavam em uma cela disciplinar.

Segundo relatos,  dentro da cela disciplinar estavam os 3 detentos que fizeram o agente de refém, e em um solário ao lado outros 4 detentos que ajudaram a empurrar o agente para dentro da cela disciplinar e fechar a porta, por isso no momento da transferência dos presos, foram 7 os detentos transferidos para Campo Grande.

O servidor foi liberado sem ferimentos físicos e imediatamente recebeu os primeiros  atendimentos pelo Corpo de Bombeiros Militar. A Agepen garantirá a ele toda a assistência necessária.

Os três internos e outros quatro que também estavam envolvidos foram transferidos para um presídio em Campo Grande.

Os envolvidos responderão pelos seus atos administrativa e criminalmente.

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio da Agepen e de suas forças policiais, adotou todas as medidas necessárias no sentido de minimizar os danos e a situação no presídio no momento é de tranquilidade. Ao todo, foram cerca de dez horas e meia de negociações.

Ponta Porã: Internos envolvidos em motim são transferidos para Campo Grande

Entenda o caso:

A situação de crise iniciou por volta das 16 horas dessa sexta-feira:

(1.1) quando o agente penitenciário foi feito refém por três internos que o renderam e o puxaram para dentro de uma das celas disciplinares; outros quatro internos que também dividiam a cela, mas no momento permaneceram no solário também estavam envolvidos.  Foi uma situação isolada e que não teve adesão do restante da massa carcerária, não configurando rebelião.

O interno que liderou o grupo solicitava transferência para Santa Catarina e os demais maior atenção nos processos judiciais. Segundo eles, a intenção dessa ação era chamar a atenção da mídia e da Justiça.

Logo que a situação foi instalada, o presídio recebeu reforço na segurança com a presença de mais  agentes penitenciários que se deslocaram até o local, assim como policiais militares da cidade.

Também participaram do reforço policiais do Batalhão de Choque, Departamento de Operações de Fonteira, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e o Comando de  Operações Penitenciárias. O Batalhão de Operações Especiais (BOPE) também esteve no estabelecimento Penal, assumindo as negociações por volta das 22 horas.

Os trabalhos se concentraram no diálogo e com responsabilidade, buscando-se ao máximo garantir a integridade física do servidor feito refém, bem como dos internos envolvidos, além de assegurar a segurança da unidade prisional como um todo. Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil acompanharam trabalhos.

Ponta Porã: Internos envolvidos em motim são transferidos para Campo Grande

Fonte: Agepen e Ponta Porã Informa/ Foto: Tião Prado (Pontaporainforma)

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