O deputado estadual Jamilson Name (sem partido) começou, nesta terça-feira (2), o monitoramento por tornozeleira eletrônica. Name é investigado na Operação Omertá por suspeita de ser um dos comandantes de uma organização criminosa suspeita de execuções em Mato Grosso do Sul. A defesa dele já entrou com recurso no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) pedindo um Habeas Corpus para o deputado.
Na última sexta-feira (29), a justiça já tinha definido um prazo de 24 horas para que Jamilson se apresentasse à Unidade Mista de Monitoramento Virtual de Mato Grosso do Sul para colocar a tornozeleira eletrônica.
Na decisão, o juiz Roberto Ferreira Filho ainda deferiu parcialmente um pedido da defesa do deputado estadual, para que Jamilson possa manter contato apenas com a mãe, Tereza Name e Eronivaldo Silva Vasconcelos Júnior, mantendo-se a cautelar de proibição de contato com outros acusados e testemunhas da operação Omertá.
Medidas cautelares
Com 18 votos rejeitando as medidas cautelares contra o deputado estadual Jamilson Name (sem partido) e 2 a favor, além de outras 2 abstenções, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS) se mostrou contrária às medidas cautelares impostas pela Justiça.
Durante a sessão, na manhã desta quarta-feira (3), o presidente Paulo Corrêa disse que o ofício da 1ª Vara Criminal de Campo Grande pedia que o plenário avaliasse se as medidas prejudicariam direta ou indiretamente o exercício parlamentar.
Das 7 medidas, ele colocou 3 em votação. Segundo ele, estas poderiam afetar direta ou indiretamente o exercício parlamentar, por conta do recolhimento domiciliar, o fato se ter de se ausentar de Campo Grande sem autorização e, por último, o uso de tornozeleira eletrônica.
Segundo o processo, a assembleia deveria apenas deliberar sobre o recolhimento. No entanto, os deputados votaram em plenário outras medidas, mesmo o deputado já estando com a tornozeleira.
Foto: Divulgação ALMS