Safra de grãos deve ser recorde no país em 2021, mas colheita da soja inicia em ritmo lento no MS

O Brasil deve registrar, em 2021, safra recorde de cereais, leguminosas e oleaginosas, segundo estimativa de janeiro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a previsão, o país deve produzir 262,2 milhões de toneladas, resultado 3,2% superior ao registrado no ano passado.

A previsão de janeiro para este ano é 0,7% superior (ou seja, mais 1,7 milhão de toneladas) à feita pela estimativa de dezembro do ano passado. Já a área colhida deve ser de 66,8 milhões de toneladas, ou seja, 2,1% acima da observada no ano passado.

Entre as principais lavouras, a expectativa é de alta nas produções de soja (7,2%), que deve totalizar 130,3 milhões de toneladas; de milho (0,4%), que deve totalizar 103,7 milhões de toneladas; de feijão (4,1%) e de sorgo (0,1%).

Por outro lado, são esperadas quedas na safra de arroz (-0,6%), que deve chegar a 11 milhões de toneladas; na lavoura de algodão herbáceo (16,5%), que deve totalizar 5,9 milhões de toneladas; e na safra de trigo (-6,5%).

Safra de soja no MS

A colheita da soja começou oficialmente em Mato Grosso do Sul e a previsão é de colher 11,591 milhões de toneladas na safra 2020/21. Os dados são do projeto SIGA/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), coordenado pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) junto com a Aprosoja/MS (Associação de Produtores de Soja de MS).

As condições climáticas, como a estiagem na época de plantio e as chuvas de janeiro atrasaram a colheita, que está 3% inferior em relação à safra passada. A região sul do Estado é a mais avançada, com 14,5 mil hectares colhidos e destaque para o município de Dourados, onde o percentual evolui mais rápido.

Titular da Semagro, o secretário Jaime Verruck destaca que é grande a demanda pela soja, tanto no mercado interno quanto externo. Essa busca pelo produto tem refletido no preço, bem acima dos patamares anteriores e na comercialização da safra antecipadamente, que já passa dos 60%, com preço médio de R$ 157,38.

“Além das exportações também demos bastante demanda interna para a soja, com novas industrias atuando em pleno funcionamento. Vamos continuar crescendo na produção agrícola, com avanço nas políticas públicas e crescimento substancial de produtividade e área, alinhado com a política industrial que tem trazido novas empresas que processam a soja internamente e a questão logística para exportação, como tem feito com os portos em Porto Murtinho”, destaca.

A área plantada com soja em Mato Grosso do Sul teve aumento estimado em 7,55%, passando de 3,389 milhões para 3,645 milhões de hectares. Com a expectativa de se colher 53 sacas por hectare, o volume esperado é de 11,591 milhões de toneladas, representando aumento de 2,35% em relação à safra 2019/2020 que foi de 11,591 milhões de toneladas.

Confira a nota técnica na integra do Siga/MS aqui. 

 

Foto: Rodolfo Buhrer

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