Menina indígena estuprada e assassinada vivia na miséria; tio suspeito de participação foi preso e encontrado morto na cadeia

A indígena Raíssa da Silva Cabreira, de apenas 11 anos, foi estuprada coletivamente e morta ao ser jogada de uma pedreira, com mais de 20 metros na madrugada da última segunda-feira (09). 

O caso, que aconteceu na Aldeia Bororó, em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, teve grande repercussão e ainda tem acontecimentos que causam espanto.

O tio da menina, que teve participação no caso, foi preso e encontrado morto dentro de uma cela da cadeia na tarde desta quinta-feira (12). O delegado que está à frente do caso informou que peritos foram ao local e que a causa da morte dele ainda é desconhecida.

O crime

De acordo com informações da polícia, com base nos depoimentos da confissão dos suspeitos, três adolescentes e um adulto planejaram abusar da garota. No plano do crime, a polícia descobriu que dois adolescentes foram responsáveis por deixar a garota bêbada e arrastá-la até a pedreira, local onde ocorreu o abuso.

Os jovens levaram a garota até a pedreira, onde já estavam um outro adolescente e um adulto. Lá, obrigaram a vítima a ingerir bebida alcoólica e, segundo o que disseram à polícia, iniciaram o abuso sexual coletivo.

Segundo a polícia, enquanto os quatro abusavam da criança, o tio da vítima teria chegado ao local e também violentado a sobrinha.

Os acusados disseram à polícia que a menina gritava por socorro e que chegou a desmaiar. Ao recobrar a consciência, a garota voltou a gritar, momento em que os homens decidiram jogá-la do penhasco, conforme detalhado em depoimento à polícia.

Os cinco suspeitos confessos tiveram prisões preventivas decretadas na última quarta-feira (11).

A vida de Raíssa

O local onde ela viveu revela que sua infância da menina não teria sido muito diferente dos momentos finais da sua vida. Ainda criança, ela foi deixada com o tio, com as irmãs, para morarem em um barraco de lona de apenas duas paredes.

No local não há camas, nem rede, nem móveis e nem comida. Em um fogão improvisado, que são tijolos ajeitados ao lado de fora da tenda, panelas vazias fazem figuração. A população na aldeia Bororó já passa de 20 mil habitantes. Além da violência, eles sofrem com falta de moradia e de perspectiva de vida.

 

Da redação / Foto: Reprodução Dourados News

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