Audiência com redes de fast food denunciadas ao Procon sobre lanches está prevista para dia 12 de maio

A Comissão de Controle e Defesa do Consumidor do Senado aprovou hoje a realização de uma audiência pública para ouvir representantes do McDonald’s e do Burger King, denunciados ao Procon (Instituto de Defesa do Consumidor), sobre lanches que supostamente não têm os cortes das carnes nobres anunciadas nas propagandas.

Ambas as empresas foram notificadas pelo Procon após denúncias de que supostamente não usam nos sanduíches os ingredientes divulgados em propagandas.

O McDonald`s não usaria picanha no sanduíche McPicanha, enquanto o Burger King não usaria costela no Whopper Costela.

Segundo o McDonald`s, o nome escolhido do lanche tinha como objetivo “proporcionar uma nova experiência ao consumidor com o exclusivo molho sabor picanha, uma nova apresentação e um hambúrguer diferente em composição e em tamanho”.

A carne seria formada de um “blend de cortes selecionados”, mas sem o corte de picanha, de acordo com a rede de fast food, que pediu desculpas “se o nome escolhido gerou dúvidas”.

O McDonald’s decidiu tirar de circulação no país todos os sanduíches da linha “Novos McPicanha”. O Procon do Distrito Federal proibiu a venda do lanche por não conter picanha de verdade.

Já o Burger King informou que o Whopper Costela não tem costela, mas “paleta suína”, com “aroma de costela 100% natural”. O Procon também suspendeu a venda do lanche no Distrito Federal.

Os senadores querem explicações por parte das empresas e querem ouvir ainda representantes do Procon, Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), blog Comer com os Olhos e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A audiência está prevista para acontecer em 12 de maio, às 14h.

“Justificaram que têm o cheiro, queremos esclarecer esse assunto para que o consumidor saiba o que ele está pagando e para que as empresas dos tais sanduíches ‘fakes’ possam se pronunciar”, afirmou o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), autor do requerimento.

“Induzir o consumidor a erro se caracteriza como publicidade enganosa”, escreveu Trad na justificativa do requerimento.

O pedido para a audiência pública não estava previsto inicialmente na pauta da Comissão de Controle e Defesa do Consumidor do Senado, mas foi apresentado e aprovado com apoio dos demais membros do colegiado devido à repercussão pública das denúncias ao Procon.

 

Fonte: CNN Brasil / Foto: redes sociais

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