Em respeito às particularidades de Mato Grosso do Sul, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, deu carta branca para o governador Reinaldo Azambuja e para o pré-candidato Eduardo Riedel conduzirem o processo eleitoral no Estado.
Na prática, isso significa que Eduardo Riedel poderá fazer aliança com qualquer candidato a presidente da República, independente do apoio nacional ao MDB em torno da candidatura de Simone Tebet.
Pela primeira vez desde a redemocratização, o PSDB não terá candidato próprio à presidência (Mario Covas disputou em 1989; Fernando Henrique Cardoso, em 1994 e 1998; José Serra, em 2002 e 2010; Geraldo Alckmin, em 2006 e 2018; e Aécio Neves, em 2014).
“O governador Reinaldo Azambuja e o nosso candidato, Eduardo Riedel, têm autonomia e nossa total confiança para conduzir todo o processo no Mato Grosso do Sul. Eu pessoalmente me dediquei à possibilidade de um entendimento local entre o MDB e o PSDB. As realidades locais são mais poderosas do que alianças nacionais e respeito isso. Sempre foi assim. O PSDB do MS está política e moralmente livre para tomar a decisão que melhor se adequar a sua realidade local”, disse Bruno Araújo.
Apesar da aliança nacional, PSDB e MDB devem se enfrentar na disputa pela administração estadual em Mato Grosso do Sul. Enquanto Riedel é o pré-candidato tucano à sucessão de Reinaldo Azambuja, o PMDB tenta voltar ao Parque dos Poderes com o ex-governador André Puccinelli.
Contando com a ex-ministra Tereza Cristina como pré-candidata ao Senado, Riedel tem declarado apoio à reeleição de Bolsonaro. No entanto, já aconteceu de o partido ter mais de um candidato a presidente em Mato Grosso do Sul.
No primeiro turno, em 2018, o governador Reinaldo Azambuja reiteradamente disse apoiar dois presidenciáveis: Geraldo Alckmin, do mesmo partido, e Bolsonaro, na época no PSL.
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