O crime, cometido por dívida de R$ 630, ocorreu na sala onde são feitas conciliações entre clientes e fornecedores
José Roberto de Souza foi flagrado pelas câmeras de segurança de um prédio andando tranquilamente por uma calçada, logo após ter matado o empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, com três tiros na cabeça durante uma audiência de negociação por dívida de R$ 630, na sede do Procon/MS, em Campo Grande, na manhã desta segunda-feira (13).
O policial reformado deixou o local logo após cometer o crime e ainda não foi encontrado. Nas imagens, José Roberto aparece andando tranquilamente, sentido a rua Arthur Jorge.
O crime ocorreu na sala onde são feitas conciliações entre clientes e fornecedores. A audiência era continuidade de um encontro feito na sexta-feira (10).
Autor dos disparos fugiu do local. — Foto: Maressa Mendonça
“A audiência já estava acontecendo e, a princípio, era uma prestação de serviço que não agradou o suspeito. Cliente perdeu a cabeça”, explicou o delegado Willian Rodrigues.
Uma funcionária, que não quis se identificar, disse ter se escondido embaixo de mesa para se proteger.
O medo era ele sair atirando. Entrei embaixo da mesa para me esconder, assim que escutei o primeiro tiro. Ele deu dois ou três a mais”, relatou.
Um força-tarefa que conta com diversas equipes policiais está sendo realizada para encontrar o PM. O suspeito do crime, é policial reformado da PM, afastado da corporação em 2015.
Segurança
De acordo com secretaria de assistência social e direitos humanos, triagem de pessoas que passam por conciliação deve ser mais rígida.
A agência do Procon-MS de Campo Grande, na rua 13 de Junho, no centro, só deve voltar a funcionar na quarta-feira (15). Conforme a secretária de assistência social e direitos humanos, Patrícia Cozzolino, a morte de um empresário reforça a necessidade de investir em segurança, nos prédios públicos.
“O governo do estado lamenta muito o acontecido. Estamos levantando informações e vamos reforçar na questão da triagem das pessoas que vem a conciliação. Além disso, vamos checar se houve alguma falha na segurança”, destacou.
Atualmente, segundo a titular da pasta, apenas seguranças patrimoniais atuam na segurança, no local.
Fonte: Portal G1 / Fotos: reprodução