Na quarta-feira (29), a Prefeitura de Campo Grande mobilizou equipe de atendimento da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Amhasf), Fundo de Apoio à Comunidade (FAC) e CRAS Aero Rancho para prestar assistência à moradora Andreia Siqueira (34), que perdeu todos os pertences, móveis, roupas e eletrodomésticos em um incêndio que destruiu sua casa recém alugada havia apenas 15 dias no Bairro Aero Rancho, Região Urbana do Anhanduizinho.
Andreia e a família moravam de aluguel anteriormente no Bairro São Conrado e recentemente decidiram mudar de casa ao alugar outro imóvel no Aero Rancho. O contrato do aluguel, firmado no valor de 700 reais mensais, era válido por 6 meses. Porém, a vida da família sofreu uma reviravolta no início dessa semana, após o incêndio ocorrido na madrugada de domingo para segunda-feira (27). A suspeita da causa foi por problemas na fiação do próprio imóvel.
A auxiliar de limpeza relembra que ao acordar de madrugada para tomar um copo d’água, percebeu a fumaça do incêndio. Logo, as chamas tomaram rapidamente as paredes e o teto que era feito em madeira. “Só tive tempo de tirar o meu filho que estava dormindo no quarto e correr para a rua. Pedi ajuda aos vizinhos e eles acionaram os Bombeiros enquanto me ajudavam, tentando apagar o incêndio”, recordou. O quarto do filho de 11 anos ficou completamente destruído pelo fogo. A filha de Andreia, que está grávida, também morava nos fundos da residência.
Visita técnica: amparo social e apoio emocional
Os técnicos da Amhasf, do FAC e do CRAS Aero Rancho visitaram Andreia na tarde desta quarta-feira para verificar as condições do local e prestar assistência, além de orientações sobre os próximos passos a serem tomados a fim de ajudar a família a superar esse momento de grande dificuldade. A equipe se comprometeu a oferecer todo o suporte necessário para que Andreia possa reconstruir sua vida ao lado dos familiares. O laudo expedido pelo Corpo de Bombeiros Militar indicou que o imóvel foi completamente condenado pelo incêndio.
O FAC auxiliou à família com a doação de colchões e cesta básica. Já a Secretaria de Assistência Social (SAS) por intermédio do CRAS Aero Rancho também fez a doação de cesta básica, cobertores, roupas pessoais, de cama e brinquedos para a criança que perdeu no incêndio todos os que tinha, e já realizou o encaminhamento à Amhasf para que as vítimas recebam o auxílio do programa Recomeçar Moradia.
Diante dessa situação de extrema vulnerabilidade, a Amhasf agilizou a triagem dos documentos de Andreia e do cônjuge. A Agência constatou que nem ela nem o marido haviam sido beneficiados anteriormente com programas habitacionais de interesse social. Dessa maneira, eles estão aptos e serão enquadrados no programa Recomeçar Moradia, que prevê auxílio de R$500 mensais para que possam deixar o imóvel e recomeçar a vida em outro local seguro e digno para morar.
Recomeçar Moradia
O programa Recomeçar Moradia, gerido pela Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários, prevê auxílio para o pagamento de aluguel e demais custos referentes à habitação social. Conforme explica o diretor adjunto da Amhasf, Claudio Marques, o município trabalha pelo bem-estar da população e tem criado soluções alternativas para contemplar famílias que necessitam de suporte.
“Nós ficamos muito sensibilizados com a situação da família de Andreia, que perdeu tudo neste incêndio terrível e, por isso, teve a vida transformada da noite para o dia. Reforçamos que a Amhasf está à disposição da população para prestar assistência nesses casos de vulnerabilidade social, principalmente em situações de perda de moradia em decorrência de incidentes dessa natureza. A Agência segue trabalhando em parceria com outras secretarias e entidades para garantir que os moradores tenham condições de viver com dignidade e segurança na Capital”, enfatizou o diretor adjunto.
Modalidades do Recomeçar Moradia – O benefício de R$ 500 mensais prevê três modalidades: categoria emergencial, para moradores de áreas consideradas de risco ou vindos de terrenos desocupados; vulnerabilidade social, para pessoas em situação de rua, jovens recém-saídos de serviços de acolhimento ou egressos do sistema socioeducativo; e para mulheres vítimas de violência de gênero.
Para participar, o candidato ao benefício deve ter renda familiar de até três salários-mínimos, estar inscrito no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais), declarar não possuir nenhum imóvel registrado e morar há pelo menos dois anos na Capital.
Foto: PMCG