Monica Alves, docente do Departamento de Oftalmologia da Unicamp e Embaixadora da Tear Film & Ocular Surface Society falou sobre a doença que atinge de 13% a 24% da população de forma silenciosa.
Sintomas comuns como ardência e coceira nos olhos podem estar por trás de um problema mais sério, que demanda atendimento com especialista. E a persistência desses sintomas pode incapacitar muitas atividades rotineiras.
A síndrome do olho seco está muito ligada ao estilo de vida e a condições que dificultam a formação de lágrimas, como clima, exposição a telas e até mesmo alguns medicamentos.
“Alguns não conseguem ficar com o olho aberto por muito tempo, ficar em ambiente com ar-condicionado, fazer atividade de leitura ou computador porque os olhos incomodam muito.”
Fatores
Fatores como o uso contínuo de telas tornaram a doença – que era mais associada ao envelhecimento – a ser cada vez mais comum em jovens.
A persistência dos sintomas é sinal de que um tratamento com especialista é necessário.
“Não é simplesmente pingar um colírio sem saber o que está acontecendo, tem que procurar um oftalmologista para diagnosticar, porque todo sintoma ocular é um sinal de alerta”, afirmou Monica Alves.
O tratamento varia muito de paciente para paciente, o que reforça a importância da consulta a um especialista.
“A primeira coisa é entender os fatores que levam ou pioram o quadro, e o segundo passo é repor essa lágrima que está faltando. E é importante entender se o que está faltando é a água ou óleo da lágrima. Há formas de repor esses componentes de forma precisa de acordo com o que o paciente apresenta”, explica.
Em casos extremos, só procedimentos cirúrgicos são capazes de amenizar o desconforto e prevenir complicações. O ressecamento prolongado da córnea pode levar a lesões, perfurações e infecções.
Fonte: CNN Brasil / Foto:Salvatore Ventura – Unsplash