Observar o aspecto de pintas e manchas pode alertar para a hora de procurar um médico
Detectar o câncer de pele em seus estágios iniciais é muito importante, pois a detecção precoce aumenta significativamente as chances de cura. Portanto, é preciso atentar-se a qualquer sinal novo, pinta ou lesão na pele, seja em áreas expostas ao sol ou protegidas.
Um método eficaz para identificar lesões ou pintas suspeitas é o guia “ABCDE”, que utiliza as cinco primeiras letras do alfabeto para ajudar no reconhecimento dos sinais de alerta do melanoma.
Método ABCDE para identificação de câncer de pele
Assimetria (A)
A maioria dos melanomas é assimétrica, ou seja, se traçarmos uma linha no meio da lesão, as duas metades não serão idênticas.
Bordas (B)
As bordas de um melanoma tendem a ser irregulares, podendo apresentar bordas recortadas ou entalhadas, ao contrário das pintas benignas que geralmente possuem bordas suaves e uniformes.
Cor (C):
Uma variedade de cores em uma lesão é um sinal de alerta. Enquanto pintas benignas costumam ter um único tom de marrom, um melanoma pode apresentar diferentes tons de marrom, bege ou preto, e com o tempo, podem surgir cores como vermelho, branco ou azul.
Diâmetro (D)
Lesões com mais de 5 mm devem ser examinadas, sendo importante prestar atenção a qualquer lesão maior que uma borracha de lápis (aproximadamente 6 mm ou ¼ de polegada de diâmetro).
Evolução (E)
Qualquer mudança no tamanho, forma, cor ou elevação de uma lesão, bem como o surgimento de novos sintomas como sangramento, coceira ou formação de crostas, pode indicar um melanoma em desenvolvimento. Portanto, é fundamental que o paciente esteja atento a essas mudanças e informe ao médico qualquer alteração percebida.
Como prevenir o câncer de pele?
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos de câncer de pele. O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, porém seus números são muito altos.
Existem várias medidas que você pode tomar para proteger sua pele dos danos causados pelos raios ultravioleta (UV) do sol e, consequentemente, prevenir o câncer de pele.
Em primeiro lugar, é fundamental usar protetor solar diariamente. Escolha um protetor solar de amplo espectro, que ofereça proteção contra os raios UVA e UVB, e aplique-o generosamente em todas as áreas expostas da pele, incluindo rosto, pescoço, orelhas e mãos. Lembre-se de reaplicar o protetor solar a cada duas horas, especialmente após nadar ou transpirar.
Além disso, é importante evitar a exposição excessiva ao sol, especialmente nos horários de pico, entre as 10h e as 16h.
Procure sombra sempre que possível e use roupas de proteção, como chapéus de abas largas, óculos de sol e roupas de mangas compridas. Opte por roupas leves e de tecidos densos, que ofereçam uma camada adicional de proteção contra os raios UV.
Evite também câmaras de bronzeamento e queimaduras solares, pois a exposição excessiva aos raios UV aumenta significativamente o risco de desenvolver câncer de pele. Em vez disso, busque um bronzeado seguro usando produtos autobronzeadores ou opte por um bronzeamento artificial sem exposição aos raios UV.
Faça autoexames regulares da pele para ficar atento a quaisquer mudanças, como novos crescimentos, manchas escuras, pintas que mudam de tamanho ou cor, ou qualquer lesão que não cicatrize.
Consulte um dermatologista se notar algo incomum ou suspeito e faça exames de pele regulares para avaliação e detecção precoce do câncer de pele.