A entidade esportiva está sem comando porque o estatuto determina que apenas o presidente pode designar quem ficará em seu lugar
A procuradoria da justiça desportiva de Mato Grosso do Sul pediu a justiça o afastamento de Francisco Cezário de Oliveira da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) e a nomeação de um novo comandante para a entidade por indicação da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
O pedido assinado pelo procurador Wilson Pedro dos Anjos foi enviado nessa sexta-feira (24) para o Tribunal de Justiça Desportiva do Estado e ainda não foi respondido.
No documento, o procurador reforçou a gravidade das denúncias do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) que levaram Francisco Cezário para a prisão na terça-feira, dia 21 de maio e por isso a necessidade de oficializar o seu afastamento.
O procurador explicou ainda que desde a operação Cartão Vermelho a entidade esportiva está sem comando porque o estatuto determina que apenas o presidente pode designar quem ficará em seu lugar. Preso preventivamente, Cezário não pode indicar um vice-presidente.
Segundo o procurador, os prejuízos da falta presidente na entidade nesta época do ano – em que já acontece a competição do Sub 13 e que o Sub 20 e a Série B estão perto de começar – geram insegurança a atletas e patrocinadores e podem ser incalculáveis.
Urgência
Para resolver o problema, o pedido é que um interventor seja nomeado pela CBF com urgência, junto com o afastamento oficial de Cezário.
Enquanto a justiça desportiva não responde as solicitações, os clubes de futebol sul-mato-grossense se organizam para uma reunião na segunda-feira, dia 27 de maio, para definir o que fazer diante da prisão do presidente a entidade. Já foi confirmada a participação de 20 clubes.