Concessão das rodovias de MS é destaque na ALEMS

O governador Eduardo Riedel apresentou aos deputados o projeto Rota da Celulose, que inclui os principais corredores pavimentados que ligam Campo Grande ao Estado de São Paulo

A concessão das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e trechos das rodovias federais BR-262 e BR-267, denominada Rota da Celulose, foi destaque na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), na manhã desta terça-feira (10). Antes da sessão plenária, o governador Eduardo Riedel (PSDB) apresentou aos parlamentares o projeto, que inclui os principais corredores pavimentados que ligam Campo Grande ao Estado de São Paulo, passando por sete municípios em área urbana e dois em área rural.

“O governador explicou o projeto de concessão, que abrange um total de 870,4 km de rodovias, fundamental para o plano de crescimento do Estado. Um projeto inovador, que irá gerar segurança aos usuários das rodovias e o avanço no ambiente de negócios. O Poder Público nem sempre tem condições de fazer os investimentos que vêm junto com o desenvolvimento, por isso essa parceria com a iniciativa privada é importante. Esse modelo de investimento tem o cuidado ambiental, sustentável e social. A Assembleia Legislativa está acompanhando o processo, por meio da Comissão de Serviço Público, Obras, Transporte, Infraestrutura e Administração”, destacou o presidente da Casa de Leis, deputado Gerson Claro (PP).

Hoje, essas rodovias são predominantemente em pista simples, sendo que as federais possuem acostamento e as estaduais com afastamento de segurança. Em termos de terceira faixa, a estadual MS-040 é a única que possui um trecho, de apenas 11 km. Já as federais, são cerca de 40 km de extensão com a faixa adicional. A condição do pavimento é melhor da BR-262, já a MS-338 possui pior deterioração.

O corredor rodoviário representa 62% da geração de viagens dentro do Estado e por ele passa veículos com origem ou destino a nove Estados.  Entre os principais investimentos da concessão estão: ampliação da capacidade (acostamentos, terceira faixa, duplicação e via marginal), dispositivos em nível (entorno e entroncamento) e dispositivos em desnível (travessias cobre linhas férreas, contornos, viadutos, passarelas e passagem fauna). Todos concentrados majoritariamente nos primeiros oito anos de concessão.

Contornos urbanos

Conforme o projeto, entre o 2º e o 6º ano de concessão deverão ser implantados contornos urbanos em Ribas do Rio Pardo, Água Clara, Bataguassu e Santa Rita do Pardo. Com relação a duplicação, estão previstas 96,3 km entre o acesso à planta industrial da Suzano (Ribas do Rio Pardo) e o início do perímetro urbano de Campo Grande. Além disso, a readequação de 3,2 km já duplicado dentro da Capital.

No trecho urbano de Campo Grande, serão investidos 11,1 km de marginais. Deverão ser duplicados 13,5 km da BR-267, entre o Distrito de Porto XV de Novembro e o contorno de Bataguassu. Destaca ainda a implantação de 83 pontos do sistema de torres de wireless, com disponibilidade de internet aos usuários. A tarifa quilométrica considerada no estudo foi a mais próxima de outras concessões, de R$ 0,1613 por quilômetro (pista simples) e R$ 0,2258 (pista dupla).

A previsão são 12 pontos de pedágio, onde circulam 120.421eixos rodantes, sendo 82% veículos comerciais e apenas 18% de passeio. O projeto da Rota da Celulose considera ainda várias alterações previstas, incluindo mais pedágios, pavimentação de outras rodovias e plantas de novas indústrias. A próximas etapas serão o lançamento do edital e a realização do leilão em 12 de dezembro na Bolsa de Valores do Brasil, em São Paulo.

Foto: Luciana Nassar

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