Bioma já teve 2,4 milhões de hectares queimados somente neste ano. Áreas continuam sendo monitoradas.
O município de Corumbá, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, registrou em outubro chuvas acima do esperado, conforme aponta boletim do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec).
Segundo os dados, entre os dias 01 e 27 deste mês o volume de chuva que caiu na região totalizou 115 mm. A média histórica para essa época do ano é de 86,1 mm, ou seja, choveu 34% acima do esperado.
De acordo com o governo estadual, o volume de chuvas foi suficiente para controlar os incêndios que atingem a região. Desde o início do ano, episódios de avanço do fogo vêm sendo registrados no Pantanal e, somente em 2024, mais de 2,4 milhões de hectares do bioma já foram consumidos pelo fogo em Mato Grosso do Sul.
Monitoramento
Embora os focos de incêndio estejam sob controle, regiões críticas do Pantanal continuarão em monitoramento para evitar novos focos. Veja abaixo os locais que são monitorados:
- Parque Estadual Pantanal do Rio Negro (PEPRN)
- Região de Paiaguás
- Serra do Amolar
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Moradores da Barra do São Lourenço sofrem com problemas causados pela fumaça
Seca extrema
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Incêndio na Aldeia Indígena Guató da Barra do São Lourenço ocorre desde a sexta-feira (11). — Foto: Imagem cedida/Silvestre Marques da Silva
O Pantanal enfrenta a pior estiagem já registrada nos últimos 70 anos e o Rio Paraguai, principal bacia do bioma, registrou o pior índice em 124 anos, atingindo -67 cm em 15 de outubro.
A região enfrenta sérias consequências desde que 3,4 milhões de hectares foram queimados em 2020. Além de impactos à biodiversidade local, comunidades tradicionais vem sofrendo com os episódios que voltaram a se repetir neste ano.