Saiba o tipo de exercício que ajuda a melhorar a qualidade do sono após os 60 anos

Pesquisas mostram que a insônia na terceira idade está associada a uma maior probabilidade de desenvolver condições como hipertensão, ansiedade, depressão e doenças cardíacas

Problemas de sono afetam frequentemente pessoas mais velhas, que vivenciam mudanças em seus ciclos de descanso ao longo do tempo. Entre as alterações mais comuns está a redução do sono profundo, o que pode levar a despertar diversas vezes ao longo da noite.

Pesquisas mostram que a insônia na terceira idade está associada a uma maior probabilidade de desenvolver condições como hipertensão, ansiedade, depressão e doenças cardíacas. Da mesma forma, a falta de descanso adequado afeta o funcionamento cognitivo e pode promover o aparecimento de deterioração mental e demência.

Um tipo de exercício como alternativa

Uma análise da Universidade Mahidol, em Bangkok, Tailândia, sugere que o treino de resistência, ou fortalecimento muscular, que inclui o uso de pesos ou do próprio peso corporal, é uma das estratégias mais eficazes para combater a insônia em pessoas mais velhas.

Segundo os pesquisadores, cerca de 20% dos idosos sofrem de insônia. A diminuição da qualidade do sono não está associada apenas a problemas de saúde, mas também à redução do desempenho no trabalho e ao aumento do absenteísmo. Embora tenha sido documentado que a atividade física ajuda a reduzir os sintomas de insônia, ainda há dúvidas sobre quais tipos de exercícios são mais eficazes.

Para saber mais, os pesquisadores revisaram ensaios clínicos publicados até outubro de 2022, que incluiu dados de 2.045 pessoas com 60 anos ou mais (idade média de 70 anos) que participaram de 24 estudos conduzidos na Ásia (56%), América do Norte (16%), América do Sul (16%) e Europa (12%). Alguns desses estudos foram conduzidos em casas de repouso.

Impacto de diferentes tipos de exercício

Os exercícios analisados ​​foram classificados em várias categorias: aeróbicos (caminhada, natação, dança, ciclismo, jardinagem), de resistência (levantamento de peso, flexões, pranchas), de equilíbrio (subir escadas, caminhar do calcanhar aos dedos dos pés), de flexibilidade (ioga, pilates, ginástica) e combinados (uma mistura de várias disciplinas).

A análise considerou exercícios de baixa e moderada intensidade, com sessões de aproximadamente 50 minutos realizadas entre 2 e 3 vezes por semana, e programas de exercícios com duração média de 14 semanas.

Os resultados mostraram que exercícios combinados melhoraram o Índice Global de Qualidade do Sono de Pittsburgh (GPSQI) em 2,35 pontos, enquanto atividades aeróbicas o melhoraram em 4,35 pontos. Uma meta-análise revelou que o exercício de resistência foi o mais eficaz , com uma melhora de 5,75 pontos no GPSQI, seguido pelo exercício aeróbico com 3,76 pontos e pelo exercício combinado com 2,54.

“Os exercícios, principalmente o de fortalecimento e aeróbico, são benéficos para melhorar a qualidade subjetiva do sono a um nível clinicamente significativo em comparação com atividades habituais”, explicaram os pesquisadores.

Fonte: O Globo / Foto: Freepik

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