Caneta foi aprovada no Brasil para o tratamento da diabetes tipo 2.
O medicamento Mounjaro (tirzepatida), da farmacêutica Eli Lilly, vai chegar às farmácias brasileiras 7 de junho. A caneta, concorrente do Ozempic (semaglutida), foi aprovada pela Anvisa em 2023, mas ainda não era vendida no país.
O Mounjaro é uma nova opção para o tratamento de diabetes tipo 2. Segundo as pesquisas, o efeito do tirzepatida é superior ao da semaglutida no controle da glicemia.
Além disso, a caneta tem como efeito “off label” de perda de peso, assim como as demais. Nas pesquisas, o efeito também foi superior, com uma perda de peso ainda maior que ao do concorrente Ozempic.
Assim como seu “primo-irmão”, a nova droga que chega ao país também é aplicada por meio de injeções semanais.
A Eli Lilly ainda não tem o preço a ser realizado no mercado, mas é possível ter uma estimativa de preço máximo, estipulado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Em São Paulo, por exemplo, o preço máximo estimado é de R$ 3.791,07.
Como ele age no corpo?
➡️ Em resumo, o novo remédio ativa receptores das células relacionados a dois hormônios que atuam no sistema digestivo: o GIP (sigla para polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose) e o GLP-1 (peptídeo 1 semelhante ao glucagon).
Esses receptores que são ativados mexem com uma série de processos do organismo:
- O primeiro deles envolve a liberação de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas que é responsável por retirar da circulação sanguínea o açúcar obtido dos alimentos e botá-lo dentro das células, onde será usado como fonte de energia.
Sabe-se que indivíduos com diabetes apresentam problemas na fabricação ou na ação da insulina pelo organismo. Com isso, o açúcar (ou a glicose, no jargão médico) se acumula no sangue e causa uma série de problemas à saúde — de infarto à dificuldade na cicatrização de feridas.
Ao melhorar a liberação de insulina após as refeições, portanto, o Mounjaro facilita o controle da glicemia (ou das taxas de açúcar na circulação).
- E a segunda forma de ação é no controle do apetite. Os receptores de GIP e GLP-1 também aparecem em células do cérebro que são responsáveis pelo controle da fome. Com isso, o fármaco ajuda a regular a ingestão de alimentos — o que pode levar à perda de peso.
Foto: REUTERS/George Frey/Foto de arquivo