A brasileira Sheiza Ayala, de 22 anos, morreu na madrugada de quinta-feira (17.09), em Ponta Porã, município sul-mato-grossense na fronteira com o Paraguai, após ter passado por procedimento estético no país vizinho, onde o caso é investigado pela polícia.
Ela atravessou a fronteira, mesmo com a proibição da entrada de estrangeiros no Paraguai, desde meados de março, por conta da pandemia de Covid-19. Entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, a linha internacional está fechada com barricadas de arame farpado e palets. Militares do Exército paraguaio também impedem a travessia de um país para o outro.
Segundo Patrick Derzi, secretário municipal de Saúde de Ponta Porã, onde Sheiza morava, ela fez um procedimento nos glúteos no sábado (12) em uma clínica de Pedro Juan Caballero, passou mal no domingo (13) e foi levada para o Hospital Regional na cidade brasileira.
Conforme o secretário, Sheiza chegou à unidade de saúde com falta de ar e dores. Precisou ser entubada e morreu quatro dias depois, com hemorragia nos pulmões. A polícia paraguaia investiga o caso e as autoridades brasileiras ainda não foram procuradas pela família da vítima.
Nas redes sociais de Sheiza, constam muitas mensagens de carinho e outras relacionadas à causa da morte. Amigos e familiares citam que a pessoa responsável pela cirurgia ‘recruta’ pacientes no Brasil, mas não teria autorização legal para fazer os procedimentos e teria falado que a jovem estava com dores devido ao nervosismo e precisava dormir. Ainda segundo publicação de familiares da jovem, ela fez exame para verificar se estava com a Covid-19, e o resultado foi negativo, sendo descartada a doença como causa da morte.
Foto: Redes Sociais