Policiais Civis da Delegacia de Laguna Carapã esclareceram as circunstâncias da morte de Cleide Irala (39), encontrada morta em um poço na zona rural do município na noite do último domingo (27.09).
A princípio, o marido da vítima, de 41 anos, acionou a Polícia e alegou ter encontrada a companheira já sem vida no local, após notar seu sumiço durante a madrugada de sábado para domingo.
A Polícia Civil compareceu ao local junto com a perícia oficial forense para os levantamentos preliminares e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal local.
Imediatamente os investigadores de Laguna Carapã iniciaram diligências para esclarecer as circunstâncias da morte, momento em que o companheiro da vítima – já suspeito – apresentou diversas versões contraditórias, que verificadas posteriormente pelos policiais, como onde e como foram os últimos passos da vítima, bem como desde quando notou sua ausência e as pessoas que procurou imediatamente, mostraram- se inverídicas.
Os policiais ouviram ainda a filha do casal, de apenas 8 anos de idade, que inicialmente apresentou uma versão fantasiosa dos fatos, contudo, posteriormente, acabou contando que presenciou o pai agredir a mãe dentro de casa e posteriormente no quintal da residência, ocasião em que a empurrou no poço, que tem mais de 4 metros de profundidade. Ela contou ainda que mentiu aos policiais pelo fato de ter sido ameaçada e instruída pelo seu pai nesse sentido.
A criança ainda acrescentou que eram comuns situações de agressões por parte de seu pai em sua mãe, a despeito de não haver nenhum registro de ocorrência policial nesse sentido.
Diante das circunstâncias e se mostrando com remorso pelo ocorrido, o suspeito acabou confessando a prática do delito. Alegou ter praticado o crime durante a madrugada de sábado, após uma discussão banal com sua esposa, logo após terem feito ingestão de grande quantidade de bebidas alcoólicas.
Ele foi preso em flagrante delito pela prática do delito de Feminicídio Majorado por ter sido praticado na presença de descende da vítima e encaminhado à unidade prisional de Dourados, local em que permanecerá à disposição da justiça.
A Autoridade Policial representou pela conversão da prisão em flagrante por prisão delitiva, decisão essa que cabe ao Poder Judiciário. O inquérito policial será agora instruído e concluído no prazo legal.
Foto: PCMS