A obra estrutural que permitirá a implantação do sistema de iluminação das pistas de pouso e decolagem e taxiamento do Aeródromo de Santa Maria, em Campo Grande, já está em fase de conclusão. Essa implantação do balizamento noturno começou em setembro de 2020 e a obra física deve ser finalizada em pouco mais de duas semanas.
Assim que concluída a estrutura, será a vez de dar início ao planejamento energético, que envolverá aumento na transmissão de energia para o local. A operação será feita pela Empresa de Energia Elétrica de Mato Grosso do Sul (Energisa) e é necessária para que o aeroporto opere com capacidade maior do que a existente.
A Superintendência Viária, da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), responsável pela obra, já solicitou junto à Agencia Nacional de Aviação (Anac) a mudança na característica de operação do aeroporto, passando de VFR (Visual Flight Rules) Diurno para VFR Diurno/Noturno.
De acordo com o Superintendente Viário da Seinfra, Derick Machado, o trâmite de operação passa ainda pela aprovação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). “Esses (Anac e DECEA) são os procedimentos mais demorados. Acreditamos que em até 60 dias tudo esteja concluído, já que todos os procedimentos estão andamento”, afirmou.
Criado no início dos anos de 1980, o aeródromo possui duas pistas, uma de pouso e decolagem (com 1,6 mil metros de extensão e 30 metros de largura), e outra para o taxiamento da aeronave (com 1,5 mil metros de comprimento e 23 metros de largura).
Localizado na região leste de Campo Grande (saída para Três Lagoas), hoje o aeródromo funciona apenas por meio de procedimentos visuais (durante o dia), atendendo basicamente os produtores rurais e às empresas de fretamento de aeronaves.
Com o balizamento noturno o aeródromo poderá operar em qualquer período do dia, possibilitando ao Santa Maria operar como auxiliar do Aeroporto Internacional, recebendo, inclusive, aeronaves em situação de emergência. Hoje, o número de voos no Santa Maria pode chegar a 60 em um único dia. Os proprietários dos hangares afirmam que as operações noturnas vão intensificar a aviação executiva.
Foto: Edemir Rodrigues