Com reservas quase cheias em passeios e na rede hoteleira, os destinos turísticos de Mato Grosso do Sul estão com expectativa positiva para o feriado de Finados, celebrado em 2 de novembro. De Bonito aos municípios da Rota Cerrado-Pantanal, a promessa é de intensa movimentação no período.
“Os últimos feriados mostraram que o turismo voltou com força total, claro que com todos os cuidados necessários, afinal de contas ainda estamos vivendo a pandemia, mesmo que em níveis bem baixos. Com o próximo feriado caindo na terça-feira, a expectativa é muito boa. Esperamos, inclusive, que com esses últimos feriados e o final do ano, a gente possa recuperar boa parte dos prejuízos relacionados à pandemia”, afirma o diretor-presidente da Fundtur-MS (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul), Bruno Wendling.
Capital do Ecoturismo, Bonito deve receber até oito mil visitantes nos próximos dias. Segundo a secretária municipal de Turismo, Juliane Salvadori, mais de 5,3 mil vouchers para passeios nos atrativos naturais no feriadão já foram vendidos.
“É um público um pouco menor do que outubro, por conta da característica do feriado. Muitas famílias optam por ficar em casa ou visitar seus entes, mas ainda sim é um público bastante considerável e reforça que os visitantes estão cada vez mais confiantes que Bonito é um destino seguro e preparado para recebê-los”, destaca Salvadori.
A cidade vem registrando bons números ao longo do ano. Em setembro, por exemplo, mais de 25,6 mil visitantes passaram por Bonito. Segundo o Observatório do Turismo (OTEB), esse é o melhor resultado para o mês dos últimos sete anos.
Para a coordenadora do OTEB, Janaina Mainchein, o feriado de Finados será bom. “Hotéis e passeios ainda estão com disponibilidade. Já a Gruta do Lago Azul está lotada todos os dias. Estamos percebendo aumento de grupos/excursão na cidade. Se o tempo contribuir, acredito que vamos ter um movimento maior de turistas do Estado que decidem vir de última hora”, diz.
Já em Corumbá, de acordo com o coordenador do Observatório da Fundação de Turismo do Pantanal, Carlos Espíndola, só nos meios de hospedagem urbanos, a expectativa de ocupação é de 80%, sem considerar a movimentação nos atrativos turísticos.
“Temos os barcos-hotéis que levam os turistas para pescar e ficam em média quatro dias no Pantanal; compras na Bolívia; e visitação aos principais atrativos, como o Cristo Rei do Pantanal, Orla Portuária com o Casario do Porto e Estrada Parque Pantanal, com várias pontes de madeira e a oportunidade de, nesse trecho, conhecer as sub-regiões do Pantanal que são a Nhecolândia, Paraguai, Abobral e Miranda. Para quem quer conhecer as lagoas e corixos, tem os barcos pequenos, tipo voadeira, ou se preferir um passeio a bordo de um barco maior com almoço e música ao vivo”, conta Espíndola sobre as opções de passeio.
Já na Rota Cerrado-Pantanal, as atividades turísticas oferecidas são de aventura, ecocultura, pesca e balneários nos municípios de Alcinópolis, Bandeirantes, Camapuã, Costa Rica, Coxim, Figueirão, Pedro Gomes, Rio Verde de Mato Grosso, São Gabriel do Oeste, Sonora e Paraíso das Águas
Na avaliação do presidente da Acepan (Agência de Desenvolvimento Econômico Cerrado-Pantanal) – Rota Cerrado-Pantanal, Luiz Roberto Roque, a movimentação nessas cidades deve ser de turistas locais. “Predominantemente sul-mato-grossenses, mais de Campo Grande e Dourados, e também de municípios vizinhos, como São Gabriel do Oeste. Além deles, turistas do eixo Rondonópolis e Jaciara, no Mato Grosso, que são cidades próximas”.
Por ser um roteiro relativamente novo, a Rota Cerrado-Pantanal segue se estruturando para atrair cada vez mais visitantes. “Agora estamos capacitando uma turma de 30 pessoas, representantes desses 11 municípios, na prática do Birdwatching, que é a observação de aves. Mato Grosso do Sul é referência nacional nessa prática. Nosso território é riquíssimo, inclusive com aves raras. Então, estamos tentando abrir mais essa modalidade nosso território, que está se preparando”, fala Roque.
Bruno Chaves, Subcom
Fotos: VisitMS