A carta de renúncia do prefeito Marquinhos Trad (PSD) já está na Câmara de Campo Grande. O documento foi entregue no fim da tarde desta sexta-feira (1º), no penúltimo dia do prazo para que políticos com cargos no Poder Executivo deixem as funções para poderem disputar as eleições, pelo procurador-geral do município, Alexandre Ávalo, ao presidente da Casa de Leis, vereador Carlos Agusto Borges, o Carlão (PSB). Marquinhos fez pronunciamento nesta noite sobre não concluir o mandato como prefeito, para o qual foi reeleito em 2020, e entrar na disputa pelo Governo de Mato Grosso do Sul. O político discursou no gabinete, ao lado da esposa, Tatiana Trad e da vice-prefeita, Adriane Lopes (Patriotas), que agora assume o comando de Campo Grande.
Ele disse ter ouvido muitas pessoas antes de tomar a decisão e o “clamor por mudança, mudança com segurança” o fez concluir que precisava se candidatar ao Executivo estadual. “É um início de um novo tempo. Não estou dizendo adeus Campo Grande, estou dizendo até logo”.
Secretariado e imprensa reunidos para pronunciamento de prefeito (Foto: Adriano Fernandes)
O até então prefeito reafirmou o quanto confia em Adriane para dar continuidade à administração. “Nossos sonhos são iguais”, disse, concluindo o discurso ressaltando que ele parte para projeto por “um Mato Grosso do Sul mais humano, mais justo socialmente”.
Conforme diz a carta, a decisão de Trad é de caráter “definitivo, irrevogável e irretratável” e vale a partir deste sábado, 2 de abril, quando oficialmente a Capital passa a ter Adriane como prefeita.
A entrega da carta e o pronunciamento colocam fim às dúvidas de que Marquinhos sairia candidato. Dentro da própria Prefeitura, existia a desconfiança. Além de membros da equipe, conforme apurado, parentes chegaram pedir para que o prefeito não renunciasse.
Esta é a segunda vez que um integrante da família Trad irá disputar o Governo do Estado. O irmão dele, Nelsinho Trad (PSD), hoje senador, foi candidato em 2014 pelo MDB, mas ficou em terceiro lugar. Marquinhos tentará mudar a história neste ano. Informações: CGN