A partir desta segunda-feira (16), toda a população alvo da campanha contra a gripe pode procurar uma unidade de saúde para se proteger de três vírus diferentes. A vacina da Influenza protege contra a H1N1, H2N3 – já atualizada para a cepa circulante, e Influenza B.
O público estimado para a vacinação, neste momento, é de mais de 295 mil pessoas somente dentro dos públicos prioritários. A preconização do Ministério da Saúde é que cada um dos 16 públicos tenha uma cobertura igual ou maior que 90%.
“No ano passado a busca pela vacina foi muito baixa, e somente o público de crianças que atingiu essa meta, nem mesmo os trabalhadores da saúde ou idosos, que em anos anteriores ultrapassavam o público estimado, atingiu a meta”, lamenta o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho.
Para ele, essa baixa cobertura é perigosa para toda a população, uma vez que entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano houve um surto atípico da doença, que provocou 36 óbitos, número este superior a 2019.
Adesão à campanha
O cenário de baixa procura pela vacina, infelizmente segue se repetindo neste ano. A campanha, que foi iniciada em 04 de abril está com uma cobertura de apenas 22% do público alvo da Capital, faltando pouco mais de duas semanas para ser encerrada.
Neste ano a campanha foi dividida em duas etapas, na primeira idosos e trabalhadores da saúde foram imunizados e na segunda etapa as crianças de seis meses a menores de cinco anos, gestantes, puérperas até 45 dias pós parto, População indígena, trabalhadores da educação, pessoas com comorbidades e as que tenham deficiências permanentes, caminhoneiros, trabalhadores do transporte rodoviário de passageiros, trabalhadores portuários, Forças de segurança e salvamento, forças armadas, funcionários do sistema penitenciário, população privada de liberdade e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas puderam se proteger contra a gripe.
É importante ressaltar que toda vez que um novo público tem é aberto, os anteriores ainda podem continuar se imunizando. Neste momento, a maior preocupação está entre as crianças – que vêm apresentando quadros de síndromes gripais, gestantes e idosos, uma vez que são pertencentes a estes públicos as pessoas que vieram a óbito.
“As crianças, principalmente, nos preocupam porque ainda não há a vacinação contra Covid-19 para elas, e se não são vacinadas contra Influenza, elas ficam duplamente vulneráveis”, conclui o secretário.
José Mauro ainda alerta que apenas 7,9 mil crianças entre seis meses e menos de cinco anos foram vacinadas, das mais de 57 mil que se estima viver em Campo Grande. Dentre os idosos são 44,9 mil, em um universo de mais de 128,6 mil pessoas.
Foto: PMCG