ordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Secretaria Municipal de Saúde (CCEV) estão percorrendo casas e comércios de diferentes regiões da cidade reforçando para a população as orientações sobre as medidas de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Somente neste mês, as equipes já estiveram no Jardim Noroeste, Tarumã e Nova Campo Grande. Nesta semana, o trabalho foi iniciado no Bairro Alves Pereira, onde os agentes ficarão até o dia 29. A ação consiste na abordagem dos moradores nas ruas, residências e comércios. Os servidores fazem a entrega do material educativo, tiram dúvidas e orientam sobre as medidas de prevenção.
O secretário municipal de Saúde, Sandro Benites, destaca que o trabalho de informar e orientar a população sobre as medidas de prevenção e combate à dengue é de extrema importância para o controle efetivo da doença.
” A dengue é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e sua incidência tem aumentado significativamente em diversas regiões do Brasil. As ações de informação e orientação são fundamentais porque visam conscientizar a população sobre a gravidade da doença, os sintomas característicos, a importância de buscar atendimento médico em caso de suspeita e, principalmente, sobre as medidas preventivas que podem ser adotadas no cotidiano para evitar a proliferação do mosquito transmissor”, diz.
A dengue é uma doença que pode levar a quadros graves, como a dengue grave e a febre hemorrágica, podendo até levar à morte em casos mais severos.
Conforme o secretário, ao abordar os moradores nas ruas, residências e comércios, as equipes têm a oportunidade de fornecer informações relevantes e esclarecer dúvidas que possam existir sobre a dengue e suas consequências. “A entrega de material educativo é uma estratégia eficaz para reforçar as informações e permitir que a população tenha acesso a orientações mesmo após o término da visita”, complementa.
As medidas de prevenção da dengue incluem a eliminação dos criadouros do mosquito, como recipientes com água parada, pneus e objetos que possam acumular água, além do uso de repelentes e telas nas janelas para proteger-se das picadas do Aedes aegypti. Essas ações simples, mas eficazes, podem fazer toda a diferença na redução da incidência da dengue.
O trabalho de informar e orientar a população sobre a dengue também contribui para a mobilização social no combate ao mosquito vetor. “Quando a comunidade se engaja nessa luta, é possível promover ações coletivas para eliminar os focos de reprodução do Aedes aegypti, tornando o controle da doença mais eficiente”, destaca o secretário.
Cuidados
Levantamento do serviço de vetores do município revelam que 80% dos focos do mosquito são encontrados dentro dos lares, diferente do que muita gente pensa. Naquele vaso de planta que fica no fundo do quintal, na calha entupida e em materiais inservíveis jogados no quintal.
“Portanto é preciso que isso sirva de alerta para a população e que todos tenham consciência. O poder público faz a sua parte, mas é extremamente necessário o envolvimento de todos nesta batalha”, lembra o secretário. O maior número de focos é encontrado em pequenos depósitos de água, como garrafas, vasos de plantas, embalagens plásticas, entre outros.
Dados
Os casos notificados de dengue tiveram uma redução de quase 80% em Campo Grande, considerando o comparativo entre os dois últimos meses do ano. Apesar do resultado positivo, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) alerta para a importância da manutenção das medidas de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, que além da dengue, transmite a Zika e a Chikungunya.
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Gerência Técnica de Endemias, ligada a Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), no mês de maio foram notificados 2.847 casos de dengue no município. Em junho, foram 610 notificações, o que representa uma queda de aproximadamente 78%. No mês de julho, até o momento, apenas 333 casos foram notificados. Apesar dos números ainda não estarem fechados, a previsão é de que o declínio nos casos seja mantido.
Conforme o boletim, durante todo o ano (de 01 de janeiro a 26 de julho), foram notificados 14.160 casos e cinco óbitos por dengue em Campo Grande. No mesmo período, foram confirmados seis casos de Zika e oito de Chikungunya.
Ações estratégicas
A redução expressiva no número de casos de dengue em Campo Grande é reflexo do trabalho que vem sendo executado nas sete regiões e distritos do município, além de ações estratégicas que envolvem a sensibilização da população, monitoramento de áreas de risco, visitas domiciliares, remoção de materiais inservíveis e de potenciais criadouros do mosquito e eliminação de focos.
No início do ano, a Prefeitura de Campo Grande lançou uma megaoperação, denominada “Operação Mosquito Zero”, que ao longo de quatro meses percorreu as sete regiões urbanas e distritos do município. Foram mais de 80 mil imóveis vistoriados, toneladas de materiais inservíveis recolhidos e centenas de focos do mosquito Aedes aegypti eliminados.
Paralelo à Operação Mosquito Zero, o trabalho de rotina e monitoramento é intensificado com o uso das chamadas “Ovitrampas”, além da sensibilização e engajamento comunitário, através das ações de Educação em Saúde nas escolas públicas e privadas e empresas.
O município também apostou na instituição e fortalecimento de parcerias, ampliando a adesão ao projeto “Colaborador Voluntário”, que tem o objetivo de instituir a cultura da prevenção, implementando ações compartilhadas entre o poder público e privado, propiciando às empresas envolvidas no processo condições para desenvolverem de modo eficiente o programa de prevenção, evitando as doenças de caráter endêmico e epidêmico.