Ministério Público quer desabilitar serviço de urgência e emergência no HU em Campo Grande para evitar superlotação
A prefeitura de Campo Grande estuda abrir novos leitos no hospital adventista do Pênfigo.
A medida tem relação com uma ação movida pelo Ministério Público Federal para impedir a superlotação no PAM (Pronto Atendimento Médico) do Hospital Universitário, em Campo Grande.
Na última terça-feira (24), o MPF ingressou com uma ação civil pública para obrigar o Executivo Estadual e Municipal a contratar novos leitos hospitalares para atendimento de urgência e emergência em Campo Grande, com objetivo de aliviar a sobrecarga do HU.
A ação determina que a prefeitura e o governo do estado elaborem um plano de ação com prazo definido para expandir a rede de leitos de urgência e emergência e desvinculem o HU do papel de atendimento primário de urgência e emergência.
Em nota sobre o assunto, a prefeitura informou que o município tem mantido as tratativas com o Hospital Universitário, inclusive com a interveniência do próprio Ministério Público Federal, para tratar desta questão.
“Desde o ano passado , diversas reuniões foram realizadas. A desabilitação do hospital da Rede de Urgência e Emergência (RUE) é proveniente de uma decisão unilateral. Ao longo dos anos o município vem mantendo o que é pactuado com a instituição , sobretudo em relação ao encaminhamento de pacientes. Diante da manifestação de uma possível desabilitação do serviço por parte do HU, a Prefeitura de Campo Grande, através da Sesau, tem buscado ampliar a oferta de vagas nos demais hospitais contratualizados para que não haja prejuízos na assistência da população. Recentemente, o município abriu leitos no hospital São Julião e já está sendo negociada a ampliação de novos leitos no hospital adventista do Pênfigo”, responderam.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) informou ainda que por enquanto o HU permanece habilitado e atendendo as demandas de urgência e emergência. “Ele só deixará de atender depois que sair a portaria do Ministério da Saúde. Mas para isso, ainda é necessário deliberação na Comissão Intergestores Bipartite e posterior pedido de desabilitação ao órgão federal”, informaram.
Fonte: PPMS / Foto: Divulgação