Movimento internacional é a oportunidade para alertar os homens; por dia 42 homens morrem em decorrência desse tipo de câncer
Começa um novo mês de conscientização. A prevenção do câncer de próstata no novembro azul. Com isso, a atenção agora é na saúde do homem, que deve ser cuidada não apenas neste mês de alusão.
Consciente da letalidade da doença, o aposentado Pedro Fideliz, de 63 anos, faz a prevenção há mais de 12 anos. Para ele o preconceito dificulta o diagnóstico precoce.
“Na minha família não tem nenhum caso de câncer, mas comecei a fazer a prevenção com 51 anos. Infelizmente alguns homens ainda têm preconceito, mas a doença traz fatalidade. Se cuidando você fica sabendo se está saudável. Peço que deixem de preconceito. Prevenir ainda é o melhor remédio”.
Sintomas
Os sintomas do câncer de próstata, geralmente, demoram para aparecer, a ponto de ameaçar a vida. Mas o quadro pode ser agressivo em alguns casos. O urologista Marcelo Luiz Vilela ressalta que a prevenção ainda é a melhor opção.
“A prevenção é a saída; o câncer de próstata demora na média em torno 13 a 15 anos para levar ao óbito (casos sem tratamento), é uma doença de evolução lenta em comparação com outros órgãos, e o diagnóstico precoce, ou seja, antes de ter sintomas é a chance de sobrevivência”, pontua.
Prevenção
Elas são simples e devem considerar o fator genético de cada paciente.
“Nos homens com histórico familiar de câncer de próstata, iniciar o preventivo a partir dos 45 anos com exame de toque retal e coleta de exame de sangue PSA (Antígeno Prostático Específico); já pacientes que não têm o histórico na família, o indicado é iniciar após 50 anos”, explica o urologista Marcelo Luiz Vilela.
O novembro azul é um movimento internacional de atenção à saúde das pessoas do sexo masculino. Ainda segundo o urologista, isso inclui o público transgênero, transexual e não-binário.
“Na atualidade você tem os trans femininos e existe a necessidade sim de fazer a avaliação, pois o genótipo deles é masculino e precisam, sim, fazer a prevenção”.
Alguns fatores de risco podem ser evitados com estilo de vida mais saudável. Podemos pontuar que o maior fator de risco é a hereditariedade, e tabagismo, alcoolismo, estilo de vida sedentário, e obesidade são fatores que estão presentes.
Após confirmação, o tratamento é feito de acordo com o estágio da doença.
Dados
Segundo Inca (Instituto Nacional de Câncer), foram mais de 65 mil casos de próstata de 2020 a 2022 no Brasil. Só em 2022 foram 15.841 óbitos.
Estima-se que em 2023 serão 70.000 casos novos; a mortalidade é estimada entre 15.000 a 20.000 homens.
Segundo o SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade, do ministério da saúde, a cada dia, 42 homens morrem em decorrência desse tipo de câncer.
Fonte: PPMS / Foto: Governo Federal