Além de morte prematura, o estudo mostrou que a posição também pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares em 34%
Escritório, casa, universidade, transporte. Em um mundo cada vez mais sedentário, passamos cada vez mais tempo sentados: e isso tem um preço.
Um estudo, realizado pela Universidade Médica de Taipei, em Taiwan, confirmou que passar longos períodos sentado aumenta em 16% o risco de morte precoce.
As conclusões do estudo estão publicadas na renomada revista científica JAMA Network Open.
O hábito pode aumentar o risco de morte
Para chegar a essa conclusão, os cientistas examinaram dados de saúde de quase meio milhão de pessoas ao longo de 20 anos.
Fatores como tabagismo, consumo de álcool, índice de massa corporal (IMC) e níveis de atividade física acabaram sendo levados em consideração.
Os resultados mostraram que, aqueles que tinham o hábito de passar mais tempo sentados, tinham um risco aumentado de morte precoce e um risco 34% maior de doenças cardiovasculares.
Exercício físico como fator de compensação
O estudo também trouxe uma boa notícia: os impactos negativos de um estilo de vida sedentário no trabalho podem acabar mitigados. A solução? Mais movimento.
As pessoas que tinham um estilo de vida “combinado” – sentando e não sentando alternadamente no trabalho – não apresentavam um risco aumentado de morte.
Além disso, aqueles que tinham uma rotina sedentária no trabalho, mas praticavam exercícios físicos no tempo livre, possuíam um risco reduzido de mortalidade.
Os pesquisadores afirmam que apenas 15 a 30 minutos de exercícios vigorosos por dia podem ser suficientes para compensar os riscos de um estilo de vida sedentário.
Implicações para o local de trabalho
As descobertas do estudo têm implicações importantes para o ambiente de trabalho. Os autores recomendam a incorporação de pausas regulares e a criação de espaços de trabalho propícios à atividade física.
“A longa permanência sentada no local de trabalho é considerada normal no estilo de vida moderno e não recebe a devida atenção”, observa Wayne Gao, autor principal do estudo.
Mas, como demonstrado, isso tem consequências consideráveis para a saúde. Portanto, reduzir a permanência prolongada sentado e incrementar a atividade física diária podem ser estratégias eficazes para mitigar os riscos elevados de mortalidade associados a um estilo de vida sedentário.