Distrito de Anhanduí recebe vacinação antirrábica de casa em casa nestas segunda e terça-feira

A ação é da Prefeitura de Campo Grande

A Prefeitura de Campo Grande, através da Coordenadoria de Controle de Zoonoses (CCZ), órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), realiza nesta segunda (06) e terça-feira (07) ação de vacinação antirrábica no distrito de Anhanduí. Os servidores irão percorrer casa a casa imunizando os animais com mais de três meses. Haverá ainda um ponto fixo de atendimento na Unidade de Saúde da Família (USF), localizada na Rua Nuremberg, nº 1.

A ação faz parte da campanha anual de vacinação antirrábica, que teve início no mês de agosto do ano passado. Ao longo destes 10 meses, os agentes da CCZ percorreram praticamente todos os bairros de Campo Grande, distritos e assentamentos da zona rural, perfazendo mais de 300 mil imóveis e 200 mil animais vacinados, entre cães e gatos.

A médica veterinária Maria Aparecida Conche Cunha explica que a vacinação dos animais é de extrema importância, visto a presença do vírus da Raiva nos morcegos, os quais acidentalmente podem transmitir aos cães, gatos e ao homem. A vacinação nos animais serve como um bloqueio no avanço da doença. “Não há outras contraindicações à vacina antirrábica, inclusive ela é a única vacina obrigatória, conforme estabelecido em lei”, diz. Para receber a vacina o cão ou gato deve ter no mínimo três meses e estar saudável.

Apesar de não haver novos casos de raiva em cães e gatos há mais de uma década, a vacina antirrábica é obrigatória em todo território nacional e Campo Grande é vigilante na cobertura vacinal de cães e gatos, haja visto ser uma área com morcegos diagnosticados positivos para a doença.

“Estes animais são parte da fauna sinantrópica urbana e isso nos traz o alerta de que, embora esteja controlada nos nossos pets, esta doença permanece circulante em outros mamíferos e não pode ser negligenciada pelos tutores”, comenta.

Conforme a veterinária, juntamente com a vacinação está sendo realizada uma nova contagem da população de cães e gatos, para que seja realizada uma nova estimativa em relação à quantidade de animais existentes no município. “Isso é fundamental para podermos definir estratégias e ações mais assertivas voltadas ao controle de zoonoses e populacional destes animais”, pondera.

Caso o tutor não esteja em casa no momento em que a equipe estiver no bairro será deixado um comunicado para o tutor levar o animal ao CCZ para a aplicação da vacina antirrábica. O índice de imóveis fechados é de aproximadamente 42%. O órgão funciona aos sábados, domingos e feriados, das 07h às 21h (segunda a sexta) e das 06h às 22h (sábados, domingos e feriados).

Em Campo Grande, o último caso de Raiva Humana foi registrado em 1968. Já em cães e gatos, o último registro havia sido no ano de 1988, onde após 23 anos, ocorreu no ano de 2011 um caso isolado de Raiva Canina, cujo cão adquiriu a doença através do contato com um morcego contaminado com o vírus.

Doença

A Raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais. É uma doença infecciosa viral aguda que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda, levando à morte em quase a totalidade dos infectados, sendo de grande relevância para a saúde pública.

A CCZ esclarece que há morcegos positivos para a Raiva no município, sendo primordial a vacinação de cães e gatos, uma vez que estes podem entrar em contato com morcegos que também podem transmitir a doença.

As campanhas de vacinação de cães e gatos associadas às demais medidas de controle, como a profilaxia antirrábica humana para pessoas expostas ao risco de contrair raiva (vacinas pré-exposição e pós-exposição), resultaram em significativa redução de casos da doença em seres humanos. Como medidas de prevenção, a orientação é que morcegos ou outros animais silvestres jamais sejam tocados, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.

Caso algum morcego seja encontrado vivo ou morto em situação anormal (por exemplo, caído no chão ou pendurado em janelas, cortinas, em cima da cama, entre outros locais ou comportamentos não habituais) é necessário solicitar seu recolhimento ao CCZ.

Se for possível capturar o animal até a chegada da equipe do CCZ, o recolhimento deve ser feito utilizando panos, caixas de papel, baldes ou mantendo-o preso em ambiente fechado. O órgão orienta ao morador nunca tocar nos morcegos ou deixar crianças e animais domésticos terem contato.

Serviço

A CCZ está localizada na Avenida Filinto Muller, 1601 – Vila Ipiranga.

 

Foto: PMCG

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