Medidas simples, além da imunização, fazem a diferença em meio ao cenário de aumento de casos das doenças típicas desta época do ano
Com o aumento sazonal do número de casos de infecções por síndromes respiratórias em Mato Grosso do Sul, especialista reforça que os cuidados básicos aumentam a proteção contra os vírus, entre eles o Sars-CoV-2 (covid-19), influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus. Lavar as mãos com água e sabão com frequência pode parecer uma medida simples, mas é altamente eficaz na prevenção as doenças.
O médico pediatra do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Haroldo Luiz Lins e Silva, explica que estas medidas simples, além da imunização, fazem a diferença em meio ao cenário de aumento de casos das doenças típicas desta época do ano. “Evitar contato próximo com pessoas já infectadas e lavar as mãos frequentemente são atitudes fundamentais”, disse o médico.
O uso de álcool em gel também é recomendado como uma opção para a higienização das mãos, mas o médico alerta que é importante que estas não estejam sujas ou com secreções. “O álcool em gel pode ser um aliado na proteção individual contra a gripe, mas é necessário garantir a limpeza adequada das mãos”, afirmou.
O vírus é transmitido de pessoa a pessoa a partir das secreções respiratórias, principalmente, por meio da tosse ou do espirro. “O vírus pode, também, sobreviver por até 48 horas no ambiente, especialmente em superfícies tocadas frequentemente por várias pessoas, como corrimão, interruptores de luz, maçanetas, carrinhos de supermercado, entre outros”, alertou a gerente técnica de Influenza e Doenças Respiratórias da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Lívia Maziero.
Outras atitudes simples, como evitar tocar os olhos, boca e nariz após o contato com essas superfícies, além de evitar compartilhar objetos de uso pessoal, evitar permanecer em ambientes sem ventilação e com aglomeração de pessoas, também complementam os cuidados.
A SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) acontece a partir de casos de síndromes gripais que evoluem com sinais de gravidade levando à hospitalização. Os casos podem ser causados por vírus respiratórios, dentre os quais predominam os da influenza do tipo A e B, ou por bactérias, fungos e outros agentes.
Os sintomas, em geral, são febre alta, calafrios, tosse, dor de cabeça e de garganta, cansaço e dores musculares. A pessoa que apresentar sintomas respiratórios, entre eles a falta de ar, deve procurar uma unidade de saúde imediatamente, já que o tratamento precoce – em até 48 horas -, com medicamentos antivirais específicos, ajuda a evitar a evolução para formas graves da doença.
“Essas medidas não apenas protegem os outros, mas também ajudam a conter a propagação do vírus”, acrescentou Lívia.
Vacinação
A coordenadora de Imunização da SES, Ana Paula Goldfinger, explica que o objetivo da 26ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza é reduzir as complicações, internações e ainda a mortalidade decorrente das infecções pelo vírus influenza na população.
A vacinação também contribui para a redução da circulação viral na população, protegendo especialmente os indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco. A adesão dos grupos prioritários ainda é baixa no Estado.
A campanha, que teve o público-alvo ampliado na quinta-feira (2), visa aumentar a quantidade de pessoas imunizadas e diminuir a circulação dos vírus. “O aumento de pessoas imunizadas contribui para menor circulação dos vírus e evita sobrecarga nos serviços de saúde. Precisamos aumentar a cobertura vacinal independente de grupos. Estamos com aumento de pessoas hospitalizadas e óbitos por SRAG e influenza, doenças causadas por vírus respiratórios”, afirmou Goldfinger.