Entorpecente era camuflado em caminhões que, oficialmente, transportariam calcário
Operação da Polícia Civil fez a maior apreensão de cocaína da história da Denar (Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos). O entorpecente foi localizado em duas etapas, com dois homens que usavam cargas legais de calcário para tranportar o material ilegal.
Segundo o delegado Hoffman D’ávila, titular da Denar, sediada em Campo Grande, as investigações que resultaram na prisão dos dois suspeitos duraram dois meses. As primeiras informações eram de que o grupo atuava em Campo Grande e Bela Vista, cidade que fica na fronteira do país com o Paraguai.
Na madrugada desta terça-feira (21), os policiais da especializada foram para Bela Vista para o trabalho de monitoramento de ponto usados como depósito da droga.
Por volta das 5h, os policias aproveitaram a chance e entraram no local, uma casa da cidade. Dentro dela, encontraram os dois suspeitos e cerca de 400 quilos de cocaína.
Detalhes
Segundo a polícia, os homens confessaram o crime e deram outros detalhes; um deles era o dono de um caminhão que estava pronto para levar tabletes da droga para Campo Grande e São Paulo. O homem, que não teve a identidade relevada, contou ter vendido uma casa para comprar o veículo e com ele, fazer o transporte de entorpecentes.
Explicou que carregava o caminhão com calcário em Bela Vista e depois ia até uma oficina mecânica, onde o veículo era preparado para guardar a droga.
“Esse proprietário da carreta vai até bela Vista, carrega com o material lícito, que é o calcário, vai até a oficina mecânica desse outro conduzido e coloca a droga”.
O segundo envolvido preso era justamente o dono da oficina. Segundo o delegado, o homem preparava os veículos pessoalmente. Os compartimentos eram feitos dentro do cavalo do caminhão, no teto. Tudo para dificultar a fiscalização.
Dentro do caminhão encontrado na oficina foram apreendidos mais 200 quilos de cocaína.
Parte da carga, conforme a polícia, ia para Campo Grande, de onde a polícia acredita que seria espalhada para outros estados do país; a outra para São Paulo, de onde seria enviada para a Europa a partir do Porto de Santos. A carga é avaliada em R$ 15 milhões