Capital registra menor número de casos de dengue dos últimos 5 anos, mas Sesau alerta para cuidados contra Aedes Aegypti

Nos últimos nove meses, Campo Grande teve 373 casos confirmados de dengue. É o menor número registrado no período dos últimos cinco anos. Apesar da redução histórica, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) reforça o alerta à população para que mantenha os cuidados a fim de evitar um aumento nos casos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Segundo boletim epidemiológico da Gerência Técnica de Endemias da Sesau, o período mais crítico foi registrado no ano de 2019, onde 34.515 casos de dengue foram confirmados somente de janeiro a setembro. À época, o Município enfrentava uma epidemia da doença que persistiu até o ano seguinte.

Com adoção de medidas estratégicas, como a realização de mutirões que mobilizaram todas as secretarias e a sociedade civil organizada, o número foi menor do que o ano anterior, mas ainda significativo. De janeiro a setembro, de 2020 foram 12.466 casos confirmados de dengue em Campo Grande.

Em 2016, a Capital teve um número expressivo de casos, 5.061, reduzido significativamente no ano seguinte. Em 2017, foram apenas 446 casos confirmados. No ano seguinte, 2018, foram 1.054 casos confirmados em nove meses. (Acesse o boletim epidemiológico completo).

De acordo com o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, a queda nos casos da doença no Município é resultado do trabalho que vem sendo desenvolvido nos últimos anos. Ele reforça ainda a necessidade da colaboração da população.

“Nós enfrentamos praticamente dois anos de epidemia de dengue, onde o trabalho e o engajamento de todos foram fundamentais para que a gente pudesse observar a redução no número de casos. Mais do que nunca é necessário a colaboração de todos. Os cuidados devem ser diários. O cidadão tem papel fundamental na luta contra o mosquito. Além das ações desenvolvidas pelo poder público, é essencial que cada um faça a sua parte. Pedimos à população que colabore inspecionando suas residências quando possível, com o objetivo de identificar ambientes propícios à proliferação ou a criadouros do mosquito”,frisa.

Mesmo durante a pandemia, as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti não foram paralisadas no município de Campo Grande. Além do trabalho de rotina, onde há a visitação domiciliar dos agentes de endemias, diariamente os bairros com maior incidência de notificações recebem a borrifação de inseticida a Ultra Baixo Volume (UBV), conhecido popularmente como “Fumacê”. 

Dentre as ações de combate à dengue, também está a implantação do projeto Wolbachia, que iniciou a segunda fase de soltura dos mosquitos com a bactéria, que está presente em diversos insetos no meio ambiem, nesta semana. Mais dez bairros passam a receber os mosquitos Aedes aegypti com a bactéria, com objetivo de fazer o controle da dengue, Zika e chikungunya. 

 

Foto: PMCG

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