Suspeito de torturar esposa até a morte é procurado pela polícia em Campo Grande

Nesta segunda-feira (31), a Polícia Militar realiza cerco no Jardim Batistão, em Campo Grande, com a finalidade de capturar Adailton Freixeira da Silva, de 46 anos. O homem é suspeito de torturar a esposa, Francielle Guimarães Alcântara, de 36 anos, até a morte. Conforme as apurações feitas no local, uma adolescente, que estava sozinha em casa, teria ouvido passos sobre o telhado e acionou a polícia. “Parecia gente passando, como se fosse gente”.

A PM não soube informar se o suspeito está armado. A região onde o homem se encontra possui vários terrenos baldios e casas abandonadas, por isso da opção do cerco para a captura do suspeito de feminicídio.

Um morador do bairro, que não quis ser identificado, disse que Adailton era uma “pessoa normal” e costumava andar pelo região. A principal suspeita é de que o homem estava escondido na casa do pai, local próximo de onde a mulher foi encontrada morta. Além da PM, os oficiais da Delegacia Especializada ao Atendimento à Mulher e do Batalhão de Choque participam do cerco.

O crime

Francielle Guimarães Alcântara, de 36 anos, foi vítima de feminicídio e torturada com choques elétricos e pauladas em frente ao filho, de 1 ano, em Campo Grande. De acordo com as investigações da Polícia Civil, acredita-se que a mulher foi mantida em cárcere privado pelo marido, Adailton Freixeira da Silva, de 46 anos, por cerca de um mês, período que foi friamente abusada diversas vezes. A morte da mulher ocorreu em Campo Grande, nessa quarta-feira (26), e o suspeito segue foragido.

Segundo as investigações, o corpo da vítima foi encontrado dentro da própria casa, com sinais de estrangulamento, perfurações nas costas, dentes quebrados e cabelos cortados.

O delegado Camilo Kettenhuber relembrou que na casa da vítima foi achado roupas da mulher com sangue, bandagens usadas devido à gravidade dos ferimentos e o colchão onde a vítima era deixada.

As investigações apontam que os médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) atenderam a vítima e declararam morte natural, ignorando todas as lesões no corpo da mulher.

A Polícia Civil detalha que durante o socorro, o médico responsável não levou em conta as lesões encontradas nas costas, nádegas e pescoço da vítima antes de declarar morte. Ao ter a hipótese do feminicídio, a PC pediu para que perícia fosse feita no corpo de Francielle.

“Quando os policiais da 6ª delegacia viram o caso, pediram perícia no corpo da vítima, o que foi feito pelo IMOL depois que o corpo foi removido do local. Foram constatadas as lesões causadas pela agressão”, detalha o delegada.

Como trata-se de um feminicídio, o caso segue em investigação na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM).

Fonte: Portal G1 / Foto: Arquivo pessoal/Reprodução

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