Fase aguda da pandemia deve passar ainda este ano se 70% da população for vacinada, diz OMS

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta sexta-feira que a fase aguda da pandemia deve passar ainda este ano, desde que a vacinação mundial atinja 70% da população.

— Nossa expectativa é que a fase aguda da pandemia termine até o fim do ano, com a condição, claro, de que 70% da população esteja vacinada até meados do ano, até junho ou julho — disse Tedros, que está na África do Sul visitando fábricas de vacina contra a Covid-19.

Mais cedo, no entanto, a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, alertou que o mundo ainda não está no fim da pandemia.

— Vimos o vírus evoluir, sofrer mutações, por isso sabemos que haverá mais variantes preocupantes, portanto, não estamos no fim da pandemia — disse a especialista.

Adhanom pede há semanas, insistentemente, aos países-membros da OMS que acelerem a distribuição de vacinas aos países pobres, com o objetivo de conseguir vacinar 70% da população mundial em meados de 2022. Ele lembrou nesta sexta-feira que a comunidade internacional não está preparada para outra pandemia.

Metade dos 194 países da OMS não alcançaram o objetivo de chegar a 40% da população vacinada no final de 2021, segundo a instituição.

Na Europa, onde a vacinação está bem acima da média mundial, vários países começam a eliminar as restrições impostas devido ao avanço da variante Ômicron, mais transmissível. Nesta sexta,a França deu um novo passo para a normalidade ao anunciar que moradores não serão mais obrigados a a usar a máscara em bares e restaurantes, assim como em outros espaços fechados, a partir de 28 de fevereiro. A medida vale para locais que exigem o passaporte de vacinação na entrada.

Na Itália, hoje foi o primeiro dia em que o fim da obrigatoriedade do uso da máscara ao ar livre entrou em vigor. Também foram reabertas as casas de festas, mediante passaporte de vacinação. O uso da máscara em lugares fechados, no entanto, continua obrigatório até 31 de março.

 

Fonte: O Globo / Foto: Denis Balibouse/REUTERS

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