Um grupo criminoso aplicou o golpe do pix e causou prejuízos de mais de R$ 20 mil em uma franquia de chocolates em Campo Grande. Eles fizeram encomendas de várias cestas e enviaram falsos comprovantes das operações bancárias. A farsa só foi descoberta, na sexta-feira passada, dia 22, quando um dos integrantes da quadrilha acionou a empresa. Ele disse ter revelado o esquema porque não recebeu a parte dele do acordo.
À polícia, os responsáveis pela empresa localizada na Rua Maracaju contaram que no dia 19 receberam uma encomenda pelo WhatsApp de 35 cestas de chocolate no valor de R$ 3,5 mil. Horas depois, mais um pedido semelhante de R$ 800. Em ambos os casos, os “clientes” enviaram falsos comprovantes de pix e conseguiram fazer a retirada dos produtos.
No dia seguinte, a empresa recebeu mais duas encomendas semelhantes, uma de R$4,8 mil e outra de R$ 1,7 mil. Outros pedidos foram atendidos na última quinta-feira (21), sendo um de pouco mais de R$ 3,5 mil e outro de R$ 7,2 mil. Os produtos também foram retirados ou entregues depois de os clientes enviarem comprovantes de pix.
O esquema chegou ao fim na manhã da sexta-feira, quando um dos envolvidos entrou em contato com a empresa e disse ter feito o pix errado. Ele pediu que a loja devolvesse o valor e passou a ser questionado sobre o erro. Não demorou até que ele revelasse que se tratava de um golpe.
Ele contou que todos os comprovantes recebidos pela empresa nos últimos dois dias referentes a venda de cestas de chocolate eram falsos. A revelação só ocorreu porque ele não recebeu a parte dele do acordo. Ele ainda passou o endereço do casal responsável pelos golpes e informou que eles estavam comercializando as cestas em uma página do Facebook.
A Polícia Militar foi acionada e conseguiu encontrar parte das cestas em uma casa no Portal Caiobá e o restante em um lava a jato. Um homem, de 37 anos, e uma jovem, de 21 anos, foram presos por receptação.
Eles passaram por audiência de custódia em que o juiz arbitrou fiança de R$ 1,5 mil. O homem pagou o valor e vai responder ao processo em liberdade. Até o fechamento da edição, a jovem continuava na delegacia.
Fonte: PP / Foto: PCMS
